11/Jun/2024
Depois de a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgar uma nota dura e interromper viagem à China com o governo para tentar reverter a medida provisória do crédito de PIS/Cofins, a entidade publicou nesta segunda-feira (10/06), um novo comunicado sobre o assunto em tom mais apaziguador. A CNI afirma que, desde a última sexta-feira (07/06), tem avançado em diversos entendimentos sobre a proposta, que deixaram a entidade motivada e na expectativa de encontrar uma solução racional e pró atividade econômica. A confederação prevê uma reunião nesta terça-feira (11/06), em Brasília com diversos representantes dos setores produtivos para debater o assunto.
Em seguida, será feito um bom e construtivo diálogo com o Senado Federal e com a Câmara dos Deputados. “Simplesmente queremos o melhor para o nosso Brasil. E o melhor para o Brasil é o crescimento das atividades produtivas de forma sustentável e sinérgica com toda a sociedade", diz a CNI. Segundo a entidade, já foram feitas algumas reuniões envolvendo o governo e os diversos setores produtivos para melhor compreensão dos efeitos da MP 1.227 sobre a atividade econômica, de forma a mitigar possíveis entendimentos equivocados. Sempre dentro do princípio de buscar efetividade nas entregas, e menos protagonismo midiático, isso tem nos permitido evoluir em possíveis entendimentos.
A CNI acredita que haverá uma boa convergência. O texto diz crer estar se obtendo consenso de que foi atingido o limite na carga tributária. É preciso construir, em conjunto, outros caminhos para o equilíbrio fiscal e, consequentemente, o melhor para o crescimento econômico. E nesses caminhos há muitas opções, como o controle dos gastos públicos em geral, combate a toda economia 'marginal', justiça tributária, segurança jurídica, racionalidade das despesas obrigatórias do orçamento público, compreensão do setor financeiro de que as atividades econômicas devem ser o 'norte' básico da intermediação financeira, entre outros, aponta a entidade.
A CNI defende ainda que nem o setor público, nem a sociedade civil e muito menos o setor financeiro podem não estar alinhados e não serem "cúmplices" de todo o setor produtivo. Definitivamente, não existe mais espaço para ônus sobre o setor produtivo e todos precisam dar a sua contribuição. O setor industrial é a 'alavanca' do crescimento econômico e, consequentemente, do desenvolvimento social sustentável e contínuo do País. E, para tanto, todos os atores econômicos são igualmente importantes, conclui o documento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem conversado com alguns líderes empresariais e o Ministério da Fazenda está preparando um material para apresentar em reuniões com lideranças do setor produtivo, sobretudo das confederações setoriais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.