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11/Jun/2024

RS: Banco Mundial avaliará custo da reconstrução

Qual foi e será o impacto das enchentes recorde no Rio Grande do Sul? Uma equipe de especialistas do Banco Mundial desembarcará no Estado para quatro semanas de levantamentos, reuniões e relatórios. Além de danos estruturais e consequências econômicas, quantificará impactos sociais. Os trabalhos vão embasar parte das ações de reconstrução. Também são esperados representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Ao todo, mais de 2,3 milhões em 475 dos 497 municípios do Estado foram afetados pelas inundações. O balanço parcial é de 172 mortos e 42 desaparecidos. A avaliação Banco Mundial vai considerar a necessidade de balancear tanto obras, com perfis mais adaptados às mudanças climáticas, quanto medidas de monitoramento, alerta etc.

Vão ter limites de custos. Será preciso balancear investimentos estruturais e não estruturais para conviver com os rios. Não só na área metropolitana e no Vale do Taquari, mas em todas as bacias. Complementar obras estruturantes, de proteção, com estratégias de planejamento de uso do solo, de criar espaços vazios. O Banco Mundial destaca que investir na redução de riscos por meio de medidas de prevenção poderia reduzir danos e prejuízos. Não há dúvida do custo-benefício geral. Um dos pontos-chave desse novo momento será o monitoramento e alerta de cheias e outros riscos, com a modelagem da dinâmica em um contexto de mudança climática. O País tem especialistas e tecnologia mais do que suficientes. Como exemplo, pode-se citar Blumenau (SC), que tem uma plataforma e um aplicativo para toda a população acompanhar o nível dos rios, receber alertas de risco e ter acesso a outras funcionalidades.

O sistema foi lançado em 2014, com o app em 2015, após a cidade sofrer com duas grandes enchentes, em 2008 e 2011. O AlertaBlu é um case mundial, de ‘best practices’ global. Decisões difíceis e impopulares precisam ser tomadas eventualmente, como remover famílias de áreas de risco, por exemplo. O Banco Mundial defende uma “reconstrução resiliente”, o que envolve um trabalho não de alguns anos, mas de décadas. Agora é o momento para construir uma capacidade institucional para modelar, atualizar, entender os cenários climáticos, porque é uma situação que pode piorar ou melhorar, dependendo dos cenários climáticos daqui a 25, 50, 100 anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.