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10/Jun/2024

Plano Safra 2024/2025: orçamento ainda indefinido

Segundo o Ministério da Fazenda, o governo ainda está levantando as fontes de recursos disponíveis e não iniciou o debate sobre o orçamento do Plano Safra 2024/2025, que deve ser lançado até o final de junho. É preciso finalizar o levantamento de fontes de recursos disponíveis (livres, equacionados, recursos controlados) e fazer o balanço dessas fontes e da demanda dos bancos. Tendo clareza de quantos recursos estarão disponíveis para o Plano Safra, será discutida a prioridade, quanto será equalizado e qual será orçamento. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já declarou querer viabilizar um Plano Safra com orçamento superior a R$ 500 bilhões.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou propostas para o plano que somam R$ 570 bilhões, valor 30,8% maior que os R$ 435,8 bilhões da temporada 2023/2024. Além disso, o setor já estima que serão necessários mais de R$ 20 bilhões para equalização de juros. O governo ainda precisa reunir mais informações para decidir sobre o orçamento, o que ocorrerá nas próximas semanas. Está muito claro que será dada continuidade e aprofundar o que já começou ano passado: dar características sustentáveis ao Plano Safra, dando benefícios para quem tem atividades sustentáveis e práticas sustentáveis, para que o Plano Safra se torne parte integrante desse esforço pela transformação ecológica.

E um olhar especial para o investimento na agricultura, que obviamente é o que mais mobiliza no longo prazo não só a economia como a produtividade do setor. Uma preocupação do setor é com medidas para apoiar a recuperação do agronegócio no Rio Grande do Sul. Ainda é preciso completar a avaliação do impacto econômico das perdas e só no final de maio, por exemplo, que a Emater conseguiu repassar dados mais precisos de prejuízos com grãos, mas a diminuição de atividade nas cidades, com indústria e comércio, também está no radar. É necessário avaliar os impactos das perdas. O impacto negativo é mais concentrado no segundo trimestre e o positivo será mais diluído ao longo do ano. O Rio Grande do Sul terá recuperação forte na segunda metade do ano.

Há outras fontes de recursos que poderão ser usadas para a recuperação do Estado, como o próprio Fundo Clima, gerido pelo BNDES, para o financiamento de obras de infraestrutura. O mercado regulado de carbono, cuja tramitação legislativa está na reta final, é uma opção de financiamento. Ainda na esteira dos programas alinhados à transição ecológica, pode-se citar o PAC Verde e o Ecoinvest, que é uma forma de atrair investimentos internacionais. Não existe uma ‘bala de prata’. Há o trabalho de criar instrumentos financeiros em conjunto com planejamento para organizar e mapear impactos possíveis de mudanças climáticas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.