06/Jun/2024
Segundo a Climate Bonds Initiative (CBI), as mudanças climáticas já são sentidas em muitos países, com calor extremo e enchentes, como visto no Brasil. O clima extremo é o novo normal. NO meio de notícias ruins, há algumas boas. Em 2022, 90% dos investimentos em energia foram para fontes limpas. As grandes economias estão avançando em programas de transição para uma economia de baixo carbono. A agenda de transição climática representa uma oportunidade em meio a mudanças nas políticas públicas que já estão em curso nas maiores economias do mundo: Estados Unidos, China, Europa e Japão. Todos os países e pessoas estão falando sobre eventos climáticos extremos, que estão evoluindo numa velocidade maior do que se esperava.
As ondas de calor do último verão e as chuvas intensas se tornaram uma nova realidade que coloca os países diante do enorme desafio de enfrentar os impactos econômicos e sociais do aquecimento global. Do contrário, vidas continuarão sendo perdidas no futuro. Entre as boas notícias, pode-se citar a expansão de projetos de energia renovável, a um custo cada vez mais baixo, na Alemanha e na China, que está intensamente investindo em uma economia mais verde, além dos megaprogramas de transição energética na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. As mudanças estão acontecendo e não há dúvidas de que a transição na economia global já começou.
Porém, as iniciativas não são suficientes frente a ameaça do aquecimento global. Apesar disso, houve progressos na agenda, incluindo no financiamento da transição. Ao passar por desafios econômicos colocados a economias como o Brasil, a CBI enfatizou que os sistemas de transporte precisam ser eletrificados, ao projetar uma redução forte das vendas de automóveis movidos a combustíveis fósseis até 2030, dada a diminuição nos preços dos carros elétricos, sobretudo na China. Sobre o financiamento da sustentabilidade, os green bonds estão entre os produtos mais bem-sucedidos, pela simplicidade que agrada investidores.
Também destacou o progresso do Brasil na implementação de uma taxonomia sustentável, que vem sendo adotada em outras economias. Nessa frente, é necessário contemplar na taxonomia as dimensões sociais e de resiliência, ou seja, a adaptação dos países, incluindo na infraestrutura, às mudanças no clima. O Brasil precisa ser incluído nessa nova economia que está sendo construída globalmente. Também é preciso desenvolver novos mecanismos de apoio ao financiamento da transição climática, uma vez que fundos de pensão muitas vezes não conseguem participar de projetos associados à sustentabilidade por falta de liquidez. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.