29/May/2024
A Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) estima que serão necessários R$ 21 bilhões para equalização das taxas de juros do Plano Safra 2024/2025, que começa em 1º de julho. Hoje, o governo teria, somando agricultura familiar e empresarial, R$ 13 bilhões para subvenção. É uma diferença grande de recursos a serem buscados e que deve influenciar nas taxas de juros adotadas. O montante de R$ 21 bilhões é o estimado como o necessário para a subvenção de um valor total de R$ 568 bilhões em crédito rural para 2024/2025, 30% mais do que na temporada atual. A cifra é o montante solicitado pelo setor produtivo do Paraná ao governo federal para o Plano Safra 2024/2025.
Para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a sugestão é de R$ 90 bilhões para todas as modalidades com juros de 0,5% a 4,5% ao ano. Para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o pleito é de R$ 85 bilhões para todas as modalidades com juros de 7% ao ano, enquanto o financiamento dos demais produtores é estimado em R$ 393 bilhões com juros entre 6% e 9% ao ano. Há possibilidade de redução de 4% nas taxas de juros em relação à safra passada, acompanhando a queda da taxa básica de juros Selic que passou de 13,75% há um ano para 10,50% hoje. Pelos cálculos da Ocepar, um terço dos recursos do próximo Plano Safra, de R$ 185 bilhões, deve ser direcionado para os financiamentos de investimento.
Os outros dois terços devem ir para custeio e comercialização, somando R$ 383 bilhões. Os produtores estão muito preocupados com os recursos escassos para investimento e com os valores baixos de subvenção para o seguro rural, sendo necessários pelo menos R$ 2,5 bilhões para PSR (Programa de Seguro Rural). As linhas prioritárias de investimento são o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop).
Foi solicitado R$ 12 bilhões para o PCA ante R$ 6,6 bilhões da safra passada e com aumento de limite por tomador para R$ 50 milhões, o equivalente a 60 mil toneladas de capacidade estática. Para o Prodecoop, foi solicitado R$ 5 bilhões contra R$ 1,9 bilhão do Plano Safra 2023/2024. A Ocepar pediu ao governo, ainda, o aumento no direcionamento de recursos de fontes obrigatórias para o crédito rural, o que inclui a maior exigibilidade de repasse de títulos do agronegócio para o Plano Safra. Produtores e cooperativas também querem maior participação do BNDES nas linhas de investimento e o fortalecimento do orçamento para comercialização da safra, já que na situação de preços mais baixos se faz necessário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.