22/May/2024
Segundo o BTG Pactual, os riscos climáticos sempre foram tratados no orçamento como imprevisíveis. Por isso, desastres ambientais são enfrentados por meio de crédito extraordinário, uma exceção às regras fiscais para eventos inesperados. No entanto, recursos a desastres climáticos deveriam ser incluídos no orçamento, uma vez que se tornaram frequentes. Não é mais imprevisível e precisa estar no orçamento de todos os anos, prevendo montante mínimo para esse problema, que passou a ser recorrente. A agenda ambiental se tornou central nos negócios e nas políticas públicas, tendo em vista impactos das mudanças no clima sobre a inflação, bem como as restrições no comércio internacional e no acesso a crédito mais barato por países e empresas que não têm compromissos com práticas sustentáveis.
Num mundo mais protecionista, o Brasil terá que respeitar regras ambientais se quiser seguir com o comércio internacional pujante. Além disso, diante de juros mais altos no mundo, a agenda verde é o caminho a ser seguido para captações a um custo mais baixo. Há investidores dispostos a comprar títulos verdes e colocar dinheiro em empresas sustentáveis mesmo tendo retorno menor. A inflação é especialmente sensível em economias como o Brasil, onde os bancos centrais precisam observar índices gerais de preços, e não núcleos, nas metas de inflação. Com isso, o trabalho da política monetária pode ser desafiado por impactos climáticos nos preços dos alimentos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.