21/May/2024
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, antecipou que o governo federal fará mudanças nas linhas de crédito do Plano Safra da Agricultura Familiar diante da tragédia no Rio Grande do Sul. O programa precisará levar em conta as necessidades dos produtores rurais do Estado, que terão dificuldades de apresentar garantias frente à destruição causada pelas enchentes. Nos cálculos da Pasta, cerca de 140 mil agricultores foram atingidos pelas chuvas, e sua equipe vai adequar os pré-requisitos para a tomada de empréstimo. A tragédia no Rio Grande do Sul reforça essa necessidade. A preocupação não é somente com quem tem acesso ao crédito, mas com quem tinha e pode não ter mais. Esse não é o primeiro evento climático a atingir esses agricultores.
É preciso aproximar a situação de crédito à capacidade dele de tomar empréstimo. Nessa nova fase, é necessário um apoio para se recuperar, mas também ter máquinas e tecnificação que permita aumento da produtividade. O Plano Safra da Agricultura Familiar será lançado em junho. Muitas questões e mudanças serão implementadas, via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ainda não há definição do valor, porque será negociado com o Ministério Fazenda, mas haverá inovação no sentido de fazer o pequeno produtor entrar nas linhas de crédito, para que ele tenha capacidade de mecanização. Até lá, o Ministério do Desenvolvimento Agrário vai promover outras ações de apoio ao Rio Grande do Sul. O ministro evita antecipar as medidas e tudo será anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A preocupação agora é apoiar o agricultor com assistência técnica, crédito e escoamento da produção. O escoamento é a maior preocupação. O governo está presente, com o ministro dos Transportes, Renan Filho, reformando as pistas. Apesar de o Rio Grande do Sul ser o maior produtor de arroz do País, o ministro afirmou que não haverá desabastecimento e defende a importação de 1 milhão de toneladas do cereal, criticada por setores do agronegócio. A compra vai repor a perda, mas as fakes news sobre desabastecimento fizeram com que as pessoas comprassem mais arroz. Será um processo de aproximação, uma equação, para que se possa vender a preço de mercado e o consumidor possa comprar num valor que caiba no seu bolso. Esse volume que está sendo comprado não é suficiente para alterar o preço do produto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.