21/May/2024
O El Niño, estabelecido em junho de 2023, está se aproximando do fim, após causar enchentes históricas e fatais na Região Sul do Brasil, incluindo a maior catástrofe climática no Rio Grande do Sul. Durante o pico do fenômeno, também foi registrada uma severa seca na região amazônica. Com uma safra marcada pelas interferências do El Niño, os produtores brasileiros estão em alerta para as próximas condições climáticas. O La Niña está previsto para se estabelecer no segundo semestre de 2024.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), há uma chance de 49% do fenômeno chegar entre junho e agosto, e 69% entre julho e setembro, indicando um breve período de neutralidade climática. Segundo a Nottus, o La Niña tradicionalmente promove mais seca na Região Sul do Brasil e chuvas mais bem distribuídas na Região Centro-Oeste. No entanto, o fenômeno também pode aumentar as chances de invernadas, com períodos frios e chuvosos durante o verão, afetando a colheita.
Ainda é uma perspectiva que precisará ser monitorada nos próximos meses para confirmação. Por enquanto, os modelos climáticos estão apontando algo dentro do normal, sem atrasos, e até indicando uma condição úmida para outubro. A principal preocupação dos produtores é a possível redução de chuvas durante o desenvolvimento da soja, o que pode prejudicar o crescimento e a produtividade das lavouras.
A previsão da formação do La Niña no segundo semestre precisa de monitoramento constante para avaliar seu impacto na safra 2024/2025. Historicamente, o La Niña tende a trazer menos chuva para a Região Sul e mais para as Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, há chances de períodos frios e chuvosos, o que pode atrasar o início do período úmido, mas também prolongá-lo. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.