21/May/2024
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) solicitou na semana passada uma suplementação orçamentária de cerca de R$ 38 milhões ao Ministério do Planejamento e Orçamento para financiar as atividades extras empreendidas pelo instituto no Rio Grande do Sul. Além das ações da força-tarefa montada pelo órgão para transmitir dados a gestores públicos locais, os recursos também preveem reparos nas estruturas do instituto danificadas pelas enchentes e o lançamento de uma pesquisa amostral que colha informações sobre as vítimas da tragédia, caracterizando melhor o público atingido. O questionário ainda está em formatação. A expectativa é poder realizar essa pesquisa o mais rápido possível, à medida que haja sinalização do Ministério do Planejamento e Orçamento. O IBGE explicou os esforços empreendidos para ajudar as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) no socorro às vítimas e reconstrução das áreas afetadas pelo desastre no Rio Grande do Sul.
A força-tarefa montada no instituto exigiu um reposicionamento do plano de trabalho estabelecido para o ano de 2024, mas nada do que já estava previsto foi abandonado. Sobre o andamento da coleta de pesquisa e índices de preços no Rio Grande do Sul após a tragédia, o corpo técnico se debruçará sobre as informações coletadas e eventuais impactos serão informados na ocasião das divulgações dos indicadores. O evento no Rio Grande do Sul começou no final do mês de abril. Mas. o impacto no mês de abril é bastante restrito. Ainda não há definição final sobre os procedimentos que serão adotados pelo IBGE em caso de eventuais prejuízos à coleta de pesquisas. Isso será feito de forma bastante transparente no momento da divulgação. Antes disso não há por que antecipar, porque não tem como avaliar ainda. De maneira geral, o método de coleta e de processamento das pesquisas é quase automatizado. Então, só haverá a informação mais ao final de maio.
O IBGE sempre prezou pela transparência, mas é necessário aguardar a correta avaliação dos eventuais impactos antes que sejam publicados. Em relação à coleta, o IBGE tem buscado métodos alternativos, assim como foi feito no período da pandemia, utilizando telefone, internet, na medida do possível, para que as coletas continuem acontecendo. Em relação aos impactos em cada pesquisa, é necessário a gente esperar o fechamento de cada uma delas, o processamento, para avaliar exatamente o impacto. Os técnicos do instituto já têm atendido aos pedidos de gestores públicos municipais por mais informações sobre as regiões afetadas pelas enchentes, mas a ideia é também reunir informações em arquivos que facilitem futuras demandas, dar mais visibilidade às informações já existentes e facilitar o acesso aos bancos de dados disponíveis. O instituto organizará cursos para capacitar técnicos municipais interessados em compreender melhor o uso das informações como base para políticas públicas.
As principais bases de dados disponíveis em nível municipal são referentes ao Censo Demográfico de 2022 e ao último Censo Agropecuário. Sobre o acesso a dados ainda não divulgados do Censo 2022, como os que informam sobre a renda da população, os servidores estão trabalhando para que tenham esse resultado o mais rápido possível. O IBGE antecipou para esta terça-feira (21/05), a divulgação dos microdados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos oriundos do Censo Demográfico 2022. Os dados de cada um dos mais de 106 milhões de endereços coletados no Censo Demográfico 2022 serão divulgados com os atributos completos de endereçamento, de acordo com o padrão utilizado pelo IBGE, incluindo logradouro, número e modificador, complemento, localidade, CEP, espécie da unidade visitada, tipo de edificação, nomes dos estabelecimentos entre outros. Serão disponibilizados também o dicionário de dados com a caracterização do conteúdo e um documento com orientações de uso dos mesmos por conta da antecipação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.