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21/May/2024

“Agenda Verde” atrai os investidores estrangeiros

O potencial da transição climática e a agenda verde despertam o interesse dos estrangeiros no Brasil, mas, ao mesmo tempo, sinais frequentes de uma tentativa de voltar ao "capitalismo de Estado" e os desafios fiscais mantêm esses investidores céticos com o País. O investidor local já mantinha uma posição cética quanto ao tema, mas a mudança da meta fiscal para os próximos anos, pautas-bomba no Congresso e a necessidade de ajuda ao Rio Grande do Sul acenderam o alerta entre os investidores estrangeiros. Sob a ótica fiscal, há preocupação. Além da cobrança de ter as contas em dia também para superar os desafios climáticos como o que devastou o Rio Grande do Sul.

Do lado corporativo, a reforma tributária é um dos assuntos que mais intrigam os investidores estrangeiros. O ambiente de negócios no Brasil é desafiador. Do lado positivo, as oportunidades que o Brasil tem na transição climática e na agenda verde como um todo saltam aos olhos dos investidores estrangeiros. Há uma necessidade de investimentos importantes, que despertam interesse. A preocupação dos investidores estrangeiros é quais são os riscos regulatórios. Com o mercado para aberturas de capitais (IPO) fechado no Brasil, a expectativa é que a pauta de investimentos seja conduzida por meio de emissões de dívida local. A percepção geral de banqueiros de investimento é de que o mercado de IPOs no Brasil será retomado apenas em 2025. Pesa, sobretudo, o momento do corte de juros nos Estados Unidos.

O último IPO feito no Brasil foi em 2021, e desde então, o mercado tem sido pautado por ofertas subsequentes, os chamados follow-ons. Foram 50, que levantaram mais de R$ 100 bilhões, com transações de destaque como a privatização da Eletrobras. Há possibilidade de o mercado de IPO no Brasil reabrir no segundo semestre deste ano. O Brasil tem histórias corporativas boas, o que atrai os investidores, mesmo sem um macro "exuberante". O País tem uma situação macroeconômica razoável, mas tem o problema fiscal crônico. Sem o risco da tragédia do Rio Grande do Sul, talvez, o viés para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano seria positivo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.