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20/May/2024

China: medidas para reaquecer mercado imobiliário

O banco central da China, conhecido como PBoC, anunciou na sexta-feira (17/05) que irá criar um mecanismo de reempréstimo no valor de 300 bilhões de yuans (US$ 42,3 bilhões) para financiar um projeto habitacional subsidiado pelo governo. A expectativa é que empresas estatais locais utilizem os recursos para comprar imóveis comerciais a preços razoáveis que, posteriormente, serão incorporados ao programa habitacional. Autoridades chinesas revelaram uma série de medidas de estímulo para reanimar o enfraquecido setor imobiliário do país.

Segundon a Capital Economics, os primeiros detalhes das medidas da China para o setor imobiliário são encorajadores e podem dar impulso significativo para a venda de casas se for apoiado com financiamento suficiente, mas falta clareza sobre como o processo será executado. Os planos para que governos locais e empresas estatais entrem em ação e comprem casas não vendidas deve ser o principal fator de contribuição para este impulso. Por outro lado, a remoção dos pisos regulatórios para taxas de hipoteca e redução do pagamento mínimo de entrada (de 15% para a primeira moradia e 25% para a segunda moradia) devem dar suporte apenas marginal para o setor.

As duas medidas não devem alterar sozinhas o pessimismo das famílias em relação às perspectivas dos preços dos imóveis, visto que as taxas de hipoteca e entradas mínimas já foram reduzidas nos últimos dois anos e não alteraram esse quadro. O PBoC também anunciou que está estruturando um novo esquema de empréstimos para financiar 500 bilhões de yuans (US$ 69,2 bilhões) em compras de casas para conversão em moradias sociais e que providenciará outros 500 bilhões de yuans por meio da ferramenta de empréstimo suplementar penhorado (PSL).

Essa medida pode impulsionar as vendas de novas moradias em 10% no primeiro ano de execução. Ainda as incorporadoras devem usar a receita adicional proveniente deste suporte para acelerar a construção de projetos em andamento, que também receberão impulso do mecanismo de coordenação de financiamento do mercado imobiliário, anunciado no início deste ano. "Dito isso, é plausível que as vendas de propriedades e investimentos se recuperem nos próximos 12 meses, embora de modo cíclico e ainda em meio ao declínio estrutural do setor imobiliário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.