ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

15/May/2024

Dólar cai sob influência de ata do Copom e exterior

O relativo alívio trazido pela ata do último encontro do Copom, divulgada nesta terça-feira (14/05), e a queda do dólar ante a maior parte das demais divisas no exterior fizeram a moeda norte-americana fechar esta terça-feira (14/05) em baixa no Brasil. O dólar fechou a R$ 5,13, em baixa de 0,42%. Em maio, a divisa acumula queda de 1,21%. Divulgada antes da abertura do mercado, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central esclareceu que os quatro dirigentes que votaram por corte de 50 pontos-base da taxa básica Selic (todos indicados pelo governo Lula) estavam preocupados com o cumprimento do forward guidance (indicação futura) do Banco Central, que havia apontado para corte de 0,50% neste encontro de maio. Por outro lado, os cinco dirigentes que votaram por corte de 25 pontos-base (todos indicados antes do governo Lula) estavam mais preocupados com a credibilidade em si do Banco Central no combate à inflação, deixando em segundo plano o guidance. Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano.

As explicações técnicas sobre a divergência entre os membros do Copom reduziram em parte os receios de que em 2025, quando se tornar maioria, o grupo de indicados por Lula será mais vulnerável à influência política em suas decisões. Com isso, surgiu um movimento de retirada de prêmios na curva de juros brasileira e uma pressão de baixa para o dólar ante o Real. A moeda norte-americana chegou a subir pontualmente ante o Real após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, mas as cotações voltaram para o território negativo na sequência, em sintonia com o exterior e com a mensagem da ata do Copom. O PPI subiu 0,5% em abril, depois de cair 0,1% em março. Segundo a FB Capital, houve um fortalecimento pontual dos rendimentos dos Treasuries após o PPI, porque os números vieram acima do esperado. Mas, os rendimentos dos Treasuries viraram, e o dólar passou a acompanhar, perdendo força.

A ata do Copom ajudou a amenizar o mal-estar que permeava o mercado de câmbio no Brasil. O compromisso com o fiscal e com a inflação, que se mostrou consenso no Copom, mantém o suporte para os juros curtos, aliviando muito os vencimentos mais longos. Isso naturalmente promove um movimento favorável na bolsa e no câmbio. Ainda assim, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil, com investidores à espera da divulgação, nesta quarta-feira (15/05), do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, dado bastante aguardado por quem deseja calibrar as apostas sobre o futuro dos juros norte-americanos. O dólar oscilou entre a máxima de R$ 5,16 (+0,20%), sob efeito do PPI, e a mínima de R$ 5,12 (-0,54%). No exterior, o dólar cedia no fim da tarde ante as moedas fortes e a maioria das divisas de exportadores de commodities e emergentes. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,17%, a 105,010. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de julho. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.