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10/May/2024

Amazônia: desmatamento registra recuo em 1 ano

Segundo dados divulgados pelo governo federal na quarta-feira (08/05), o índice de desmatamento na Amazônia caiu 21,8% em um ano. De acordo com os números do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2022 a julho de 2023 foi desmatada uma área de 9.064 Km², número inferior aos 11.594 Km² registrados um ano antes. A área desmatada na Amazônia no último ano é a menor registrada desde 2019. Em novembro, o governo já tinha divulgado uma estimativa que mostrava uma queda de 22,3%. A variação, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, está dentro da margem de erro.

No Pantanal, outro bioma importante do País, a queda foi menos expressiva. No último período analisado, foram desmatados 723 Km², número que representa uma redução de 9,2% em relação ao período anterior. A principal estratégia do governo para reduzir o desmate na área foi o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), que reúne ações em eixos como fiscalização, monitoramento e desenvolvimento da bioeconomia local, entre outros. A meta de zerar o desmatamento na região até 2030 é uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma das principais vitrines do Brasil na discussão global sobre clima.

Esses resultados são a combinação de instrumentos, mas também de ações voltadas para outros eixos do PPCDAm. Como, por exemplo, instrumentos econômicos e creditícios, aporte de recursos para fazer uma abordagem positiva, ajudando a mudar modelos de desenvolvimento, criando alternativas de base sustentável, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. No caso do Cerrado, as taxas confirmadas já tinham sido divulgadas pelo governo no ano passado e mostravam um aumento de 3% do desmatamento no bioma. No último período analisado, o desmate do Cerrado chegou a 11.011 Km², ante 10.688 Km² na medição anterior.

A ministra Marina Silva falou sobre a importância do combate ao desmatamento no âmbito das políticas relacionadas às mudanças climáticas. Marina Silva afirmou que o governo trabalha na construção de um “PPClima”, em referência ao PPCDAm, para preparar municípios para eventos extremos causados pelo clima. A ministra mencionou a situação do Rio Grande do Sul. O plano começou a ser desenhado em fevereiro de 2023, depois do desastre em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, quando 64 pessoas morreram em decorrência de fortes chuvas e deslizamentos. O “PPClima” é o projeto mais abrangente do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNDC), que deve ser apresentado no fim do mês que vem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.