09/May/2024
Levantamento preliminar da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde 29 de abril no Rio Grande do Sul geraram pelo menos R$ 4,6 bilhões em prejuízos financeiros. Os números contabilizam prejuízos de municípios que registraram os dados causados pelas enchentes na Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Os prejuízos são informados pelos próprios municípios e se trata de dados parciais. De acordo com a entidade, 78% dos municípios e 1,4 milhão de cidadãos foram afetados. A CNM estima que 338 municípios foram afetados, sendo 336 com reconhecimento estadual e federal de calamidade pública. Destes, 159 registraram os decretos no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do governo federal, sendo que a maioria informou os valores de danos e prejuízos.
Dos prejuízos financeiros relatados, R$ 3,4 bilhões referem-se ao setor habitacional, com 99,8 mil casas danificadas ou destruídas, R$ 756,5 milhões foram relatados no setor privado e R$ 465,8 milhões no setor público. A agropecuária é o setor econômico privado com mais prejuízos levantados, somando R$ 569,7 milhões. Dos municípios que auferiram os prejuízos, R$ 435 milhões estão relacionados à agricultura e R$ 134,7 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 92 milhões em prejuízos. No setor público, o levantamento auferiu prejuízos de R$ 333,6 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais, prefeituras, e R$ 91,3 milhões em obras de infraestrutura. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que estimar agora um valor para o socorro ao Rio Grande do Sul, que enfrenta uma série de enchentes, poderia ser precipitado.
É preciso pelo menos uma noção do que foi estragado. Há uma ansiedade, da necessidade da imprensa de ter um valor. O valor ter que ser a partir do dano causado. Precisa em muitas cidades a água baixar para saber. Se o governo se precipitar, pode subestimar o valor necessário. E aí vai ser criticado porque subestimou. Ninguém vai conseguir fazer obra com água a 4 metros de altura. Ele afirmou que, no braço do PAC anunciado nesta quarta-feira (08/05), há R$ 1,4 bilhão para o Rio Grande do Sul em obras. A ideia é que haja dinheiro para o estado do Rio Grande do Sul fazer seus próprios investimentos também, não só obras do governo federal. Citou como exemplo rodovias estaduais que possam precisar de reformas depois das enchentes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.