07/May/2024
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) avaliou que as dificuldades de abastecimento, provocadas por graves problemas logísticos, são o principal desafio enfrentado neste momento em função das chuvas no Estado. O estrago no meio rural já está feito. As águas já começaram a baixar, então agora o grande problema é a logística da infraestrutura do Estado, que está totalmente abalada, principalmente na região norte. Pontes e estradas estão submersas, o que interrompeu o transporte de insumos e produtos agrícolas. Esta situação afeta principalmente a região norte do Estado, conhecida por sua relevância na suinocultura, avicultura e pecuária leiteira.
Se não tem infraestrutura, não tem logística. Se não tem logística, o leite não chega nas fábricas, que já estão com problema de embalagens. Também não chega ração para o frango nas granjas. A situação está caótica. A falta de mobilidade se tornou uma questão crítica no Rio Grande do Sul, com cidades isoladas e sem acessos terrestres, situação que também afeta regiões da capital Porto Alegre desde o fim de semana. As dificuldades de deslocamento também ameaçam o abastecimento urbano. Embora os supermercados tenham estoques para alguns dias, a continuidade das enchentes pode acarretar problemas de fornecimento em breve.
Se a água não baixar em 3 ou 4 dias, haverá problema de abastecimento. Na região de Bagé foi possível colher soja no fim de semana, em função da estiagem. Mas, o impacto já está sendo sentido, com expectativa de safra menor. O nível de perdas do agronegócio também dependerá da continuidade das condições meteorológicas adversas. As perdas só não são maiores porque, por exemplo, a metade norte do Estado já tinha praticamente encerrado a colheita da soja. Já a colheita do arroz, estava adiantada. A Farsul também citou a existência de silos embaixo d'água. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.