30/Apr/2024

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a linha de crédito CPR BNDES, que permite a realização de operações com Cédulas de Produto Rural Financeira (CPR-F) ou de Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) lastreados em direitos creditórios do agronegócio. Com isso, o crédito próprio do BNDES para o setor agropecuário pode chegar a R$ 10 bilhões em 2024. A iniciativa era esperada desde fevereiro, e visa a ampliação do acesso ao crédito a pequenos e médios produtores rurais, estimulando a atuação de mais agentes financeiros no mercado. Os títulos podem ser emitidos por micro, pequenos e médios produtores rurais e cooperativas de produtores rurais com faturamento de até R$ 300 milhões por ano, e por empresas destes portes que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos, insumos, máquinas e implementos agrícolas, pecuários, florestais, aquícolas e extrativos.

O empréstimo pode ser obtido por meio da rede de mais de 80 agentes financeiros credenciados no BNDES com atuação em todo o País. As operações realizadas por meio dessa linha seguram as regras ambientais aplicáveis às demais soluções financeiras ofertadas pelo banco ao setor, ainda que as normas regulatórias não prevejam essa aplicação às CPR-F e CDCA. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, enalteceu a nova linha de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A nova linha pode ser usada para custeio, investimento, armazenagem, capital de giro e repactuação de dívidas, em dólar ou Real. Fávaro lembrou ainda da situação difícil dos agricultores brasileiros, que lidam com problemas climáticos e preços de grãos mais baixos. O governo buscará uma equalização dos juros ainda maior. O novo Plano Safra deve ter juros menores do que o do ano passado. O ministro não abriu valores, mas considera que o valor também deva ser recorde. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que os juros ainda são altos, mas estão caindo e haverá equalização no Plano Safra.

A ideia é ter o melhor plano safra e estimular o setor. Alckmin disse ainda que deverá haver novas viagens para abertura de mercado no próximo mês. Entre os destinos, estarão Arábia Saudita e China. O vice-presidente também citou a Reforma Tributária como forma de trazer mais eficiência econômica para o setor. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmou que o momento é difícil para o produtor rural, que está preocupado com a quebra de safra e os preços mais baixos dos grãos. A FPA prometeu apoio para a criação de um Plano Safra “suficiente e robusto e criticou as invasões de terra do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O vice-presidente da República anunciou a criação das Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs). Há Letra de crédito do agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), e agora terá a LCD, a letra de crédito da indústria e do desenvolvimento. O título terá Imposto de Renda reduzido para pessoa jurídica e juros 1,5% mais baixos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.