26/Apr/2024
De acordo com as mais recentes estimativas do Banco Mundial, os preços das matérias-primas estão se estabilizando no mundo após uma descida acentuada, que foi decisiva para a redução da inflação global no ano passado. Isso torna mais difícil para os bancos centrais reduzirem rapidamente as taxas de juros. Uma escalada no conflito no Oriente Médio poderia interromper o recuo da inflação. Assumindo que não haverá mais agravamentos nas tensões geopolíticas, as previsões do Banco Mundial apontam para um declínio de 3% nos preços globais das matérias-primas em 2024 e de 4% em 2025.
Esse ritmo contribuirá muito pouco para conter a inflação elevada na maioria dos países. O preço do petróleo Brent deve terminar o ano a US$ 84,00 por barril e recuar a US$ 79,00 por barril em 2025. Neste cenário, não são consideradas eventuais perturbações no fornecimento do petróleo causadas por conflitos geopolíticos. Se o conflito no Oriente Médio se agravar ainda mais, o Brent poderá terminar 2024 a US$ 92,00 por barril com impacto na inflação em nível mundial. Uma perturbação mais severa permitiria, inclusive, que os preços tocassem US$ 100,00 por barril neste ano, o que elevaria a inflação global em 100 pontos-base.
A aceleração do investimento em tecnologias verdes vai impulsionar os preços dos metais essenciais, o que inclui o alumínio, que subirá perto de 2% neste ano e 4% no ano que vem. Neste cenário de incertezas, o preço do ouro poderá atingir novos recordes neste ano e se manter em nível elevado em 2025. Com a escalada do conflito, os preços do gás natural, dos fertilizantes e dos alimentos também serão puxados para cima. Em um cenário de conflitos contidos, porém, os preços globais de alimentos devem cair 6% neste ano e mais 4% em 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.