25/Apr/2024
Após três sessões em baixa, o dólar fechou esta quarta-feira (24/04) em alta ante o Real, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana no exterior e com a elevação das taxas dos Treasuries, em um dia de leilão de títulos nos Estados Unidos. O dólar fechou a R$ 5,14, em alta de 0,40%. Em abril, a divisa acumula elevação de 2,66%. A moeda norte-americana oscilou em alta ante o Real durante praticamente toda a sessão, com investidores recompondo parte das posições compradas (no sentido de alta das cotações) no mercado futuro após os recuos recentes. No exterior, a moeda dos Estados Unidos também se mantinha com ganhos ante boa parte das demais divisas.
Após as 11h, o movimento de alta do dólar se intensificou no Brasil, na esteira do avanço dos rendimentos dos Treasuries. Em meio à expectativa antes do leilão de US$ 70 bilhões de títulos de cinco anos do Tesouro norte-americano, os yields atingiram as taxas máximas pouco depois das 11h (horário de Brasília). No mercado brasileiro, o dólar saiu de uma cotação mínima de R$ 5,12 (-0,07%) no início da sessão para uma máxima de R$ 5,17 (+0,86%), em meio à alta dos yields antes do leilão de títulos. A cotação máxima do dólar coincidiu com os picos das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), também influenciadas pelos Treasuries.
Além da pressão altista para o dólar trazida pelo exterior, o mercado esteve atento à fala do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante evento em São Paulo, sobre a busca da meta de inflação de 3%. “Meta não é para se discutir, é para se perseguir", afirmou ele, reforçando que a discussão sobre a viabilidade da meta de inflação não é feita no Copom e é um “não-tema”. Galípolo pontuou ainda que o regime de câmbio flutuante no Brasil tem absorvido as mudanças de precificação dos ativos, fenômeno que ocorre na esteira da expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) promova menos cortes de juros em 2024. O momento parece ser predominantemente de valorização do dólar, afirmou Galípolo.
Durante a segunda parte da sessão, a moeda norte-americana se acomodou em patamares mais baixos ante o Real, acompanhando a perda de força da divisa dos Estados Unidos também no exterior. Ainda assim, o dólar fechou em alta, perto dos R$ 5,15. No exterior, a divisa se mantinha em alta ante uma cesta de moedas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,15%, a 105,830. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de julho. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.