ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Apr/2024

Plano Safra 2024/2025: elevar crédito é prioridade

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que a demanda do setor produtivo para o Plano Safra 2024/2025 é fundamentada no aumento dos recursos disponíveis, mesmo em detrimento de juros mais baixos. A queda da taxa Selic, em 3% em comparação há um ano, contribui com o Plano Safra 2024/2025. É necessário trabalhar com dois cenários: juros abaixo de dois dígitos e comprimir a oferta total ou diminuir pouco os juros e alargar a base.

É preciso aumentar a oferta de crédito oficial. Para o Plano Safra 2024/2025, a entidade não elegeu a redução dos juros entre as suas prioridades, o que vinha ocorrendo ano a ano. Isso parte de duas premissas: da avaliação da entidade de que os juros estão caindo, com base na redução da taxa Selic, e de que o crédito privado estará mais restrito aos produtores, em virtude das mudanças recentes feitas nos títulos agrícolas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), fatia importante do financiamento do agronegócio.

Há um binômio desfavorável neste ano com baixo preço e quebra de safra, o que leva os produtores a certo grau de dificuldade. Além do aumento de crédito oficial, a entidade vê necessidade de linhas de crédito específicas para o pequeno produtor. A linha de crédito em dólar é bem-vinda, mas o pequeno produtor ainda não tem expertise de fazer hedge em dólar e depende do crédito oficial. Por isso, a CNA pede R$ 100 bilhões para a agricultura familiar no próximo Plano Safra.

As propostas para agricultura familiar serão apresentadas futuramente pela CNA também ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). A entidade defendeu ainda o aumento da subvenção ao seguro rural, com suplementação de R$ 2,1 bilhões neste ano e R$ 4 bilhões para 2025. A questão do seguro rural precisa ser levada a sério. Talvez seja a pauta principal para o Plano Safra 2024/2025. Se houvesse um seguro rural fortalecido, não seria necessário estar renegociando dívidas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.