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19/Apr/2024

EUA retomam sanções ao petróleo da Venezuela

O governo dos Estados Unidos decidiu, na quarta-feira (17/04), restabelecer as sanções ao petróleo e ao gás da Venezuela, em razão do veto do regime chavista a candidaturas da oposição para as eleições presidenciais de julho, especialmente a inabilitação de María Corina Machado, acusada de corrupção, e de sua substituta, Corina Yoris, sem razão aparente. As sanções haviam sido suspensas em outubro, por um prazo de seis meses, como parte do Acordo de Barbados, entre a ditadura de Nicolás Maduro e opositores. A condição para levantar o cerco norte-americano era a realização de eleições livres, o que não aconteceu. Haverá um período de transição de 45 dias para o encerramento das operações de empresas norte-americanas na Venezuela, para que a medida não provoque incerteza no mercado global de energia.

A partir de agora, empresas norte-americanas que queiram fazer negócios com a Venezuela deverão ser autorizadas pelo governo dos Estados Unidos, que poderá emitir licenças específicas após uma avaliação “caso a caso”. Embora Maduro tenha marcado a eleição para 28 de julho e convidado observadores internacionais para monitorar o processo, ele usou seu controle total sobre as instituições para minar os principais rivais. Além da inabilitação de María Corina e de Yoris, vários opositores foram presos nos últimos seis meses, muitos eram assessores ou filiados à Plataforma Unitária Democrática (PUD), coalizão liderada por María Corina, que havia vencido as primárias da oposição e favorita contra Maduro, segundo pesquisas.

A decisão de retomar as sanções dificulta ainda mais a exploração de petróleo e gás na Venezuela, que há muito tempo está sucateada pela falta de investimentos e a péssima gestão administrativa da estatal PDVSA. Especialistas dizem que a Venezuela não terá tempo suficiente para atrair os grandes investimentos de capital necessários para relançar a produção no país, que está no topo das maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo. O endurecimento das sanções, no entanto, não afeta diretamente a Chevron, a última grande perfuradora de petróleo dos Estados Unidos na Venezuela, que foi autorizada a aumentar os embarques graças a uma licença emitida em 2022, em meio a preocupações de que a invasão da Ucrânia pela Rússia reduzisse o fornecimento global de energia e aumentasse o preço dos combustíveis em um ano eleitoral. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.