18/Apr/2024
Segundo a XP Investimentos, o resultado de alta de 0,4% para o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de fevereiro corrobora o cenário de ganho de tração da atividade doméstica no primeiro trimestre de 2024. Apesar de uma certa frustração com o volume de serviços prestados em fevereiro e a produção industrial trazendo sinais mistos, o grande destaque positivo foram as vendas do comércio varejista, com resultados fortes em janeiro e fevereiro para o setor, o que se refletiu no IBC-Br. O forte do consumo das famílias no período é atribuído a uma solidez do mercado de trabalho e salários reais em níveis crescentes. Além disso, o pagamento dos precatórios pode ter surtido efeito no período. É difícil medir, mas provavelmente o pagamento dos precatórios devem ter impactado o consumo das famílias.
Após o IBC-Br de fevereiro, o tracker do Produto Interno Bruto (PIB) da XP para o primeiro trimestre se manteve em alta de 0,7%. Para o PIB de 2024, a projeção de crescimento de 2,0% tem viés de alta. Para o Banco Inter, o crescimento de 0,4% do IBC-Br em fevereiro, acima da mediana do mercado, de alta de 0,3%, confirma o bom momento da atividade neste início de ano, com destaque para o consumo das famílias. Os reajustes no salário-mínimo e o nível aquecido do mercado de trabalho têm garantido ganhos de renda à população, o que corrobora a alta do consumo e, consequentemente, da atividade. Tudo leva a crer que vetor de crescimento da atividade é a maior renda disponível.
Isso tem se refletido sobretudo nos últimos números do varejo do País. O Inter projeta crescimento de 2,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e, embora o momento atual seja positivo, a piora recente do cenário externo pode ser um "vento contrário" à atividade a partir do segundo semestre. O Banco Central pode ficar mais cauteloso na condução da política monetária, por conta do câmbio e do preço das commodities mais estressados. Mas, por outro lado, as commodities e o próprio câmbio favorecem as exportações brasileiras, que têm uma importância positiva para o PIB do País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.