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16/Apr/2024

Cresce a disparidade entre os países ricos e pobres

Segundo o estudo 'A grande reversão: Perspectivas, riscos e políticas nos países da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID)' do Banco Mundial, os países mais pobres, que abrigam um quarto da população global (1,9 bilhão de pessoas), enfrentam uma realidade sombria à frente. Metade das 75 nações mais vulneráveis estão sofrendo, pela primeira vez neste século, um aumento da disparidade de renda em relação às economias mais ricas. Esses países já enfrentavam desafios mais significativos antes mesmo da pandemia de Covid-19. No entanto, agora, passam o que o Banco Mundial classificou como uma "reversão histórica". Entre os anos 2020 e 2024, a renda média per capita em metade dos países da AID, a maior proporção alcançada neste século, têm crescido mais lentamente do que nas economias ricas. No ano, não chega a US$ 1.315,00.

Como resultado, a disparidade de renda entre os dois mundos segue aumentando nos últimos anos. O estudo aponta que um em cada três países da AID é hoje, em média, mais pobre do que era às vésperas da pandemia. Além disso, a taxa de pobreza extrema é mais de oito vezes superior à média do restante do mundo. Isso significa que uma em cada quatro pessoas nos países da AID sobrevive com menos de US$ 2,15 por dia. Responsáveis por 90% da população que passa fome ou é subnutrida, metade desses países está em situação de superendividamento ou corre elevados riscos de chegar numa situação de crise. O Banco Mundial afirma ainda que credores públicos privados têm virado as costas para essas nações e reforçou ao dizer que "o mundo não pode se dar ao luxo de virar as costas aos países da AID". O organismo cobra ajuda da comunidade internacional e lembra que três das atuais potências econômicas mundiais (China, Índia e Coreia do Sul) já foram mutuárias da AID.

Ressalta-se que, embora o mundo enfrente o envelhecimento da sua população, os países mais pobres têm um "dividendo demográfico" em potencial, com uma parcela crescente de trabalhadores jovens até 2070. Outros pontos positivos são o elevado potencial de produção de energia solar e enormes reservas de minerais, consideradas cruciais para a transição para uma matriz mais limpa. Os países da AID possuem recursos naturais substanciais. Representam cerca de 20% da produção mundial de estanho, cobre e ouro. Em cerca de um terço dos países mais pobres do mundo, as médias diárias do potencial de energia fotovoltaica a longo prazo superam 4,5 quilowatts-hora por pico de quilowatts instalado (kWh/kWp). Em comparação, Brasil, China e Índia têm potencial de médio alcance, de 3,4 a 4,5 kWh/kWp. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.