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11/Apr/2024

Brasil: Banco Mundial eleva projeção do PIB 2024

O Banco Mundial melhorou novamente a sua projeção para a economia brasileira neste ano, mas ainda aponta desaceleração à frente. A estimativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresça 1,7% em 2024, acima da sua última projeção, que apontava alta de 1,5%. No ano passado, a economia brasileira avançou 2,9%. Nesse ritmo, o Brasil deve entregar uma das menores taxas de expansão da região da América Latina e Caribe em 2024. Ficará à frente apenas de países como Colômbia e Bolívia, além de Argentina e Haiti, que devem ter recessão este ano. O Brasil é obviamente uma economia enorme. Para 2025, a previsão é de 2,2% e, para 2026, 2,0%.

No estudo "Concorrência: o ingrediente que falta para crescer?", divulgado nesta quarta-feira (10/04), o Banco Mundial destaca, porém, que o desempenho mais fraco de países como o Brasil deve pesar no desempenho da região da América Latina e Caribe neste ano. A expectativa é de que, tanto no Brasil quanto no México, tenham uma desaceleração em relação a 2023. Apesar de um crescimento menos intenso, o Banco Mundial ressalta a contribuição do Brasil para a redução da pobreza na região da América Latina e Caribe. A pobreza caiu abaixo dos níveis pré-pandemia, principalmente devido à influência do Brasil e do México. Por outro lado, há necessidade da busca por um crescimento resiliente.

Assim como se busca um maior crescimento no Brasil e em toda a região, é preciso prestar atenção a esses fundamentos: educação, apoio a negócios, infraestrutura, concorrência, que seguem fundamentais. Apesar da discussão quanto à possível mudança da meta fiscal, o Brasil tem uma base bastante forte. Não há previsão de grandes problemas no futuro próximo no que diz respeito à política macroeconômica. Quanto à política monetária, o Banco Mundial destaca o fato de os bancos centrais independentes do Brasil, Chile, Colômbia e Peru continuarem reduzindo as suas taxas de juros, com outros países seguindo o exemplo da região. Pondera, contudo, que as altas taxas de juros nos Estados Unidos e os ventos contrários externos devem continuar pesando no desempenho econômico local.

Dados mais fortes da inflação norte-americana voltaram a postergar a expectativa de corte de juros no país, com junho saindo de cena e os mercados passando a precificar setembro com chances majoritárias de uma primeira redução de taxas nos Estados Unidos. Se as taxas de juros mundiais permanecerem elevadas e os países latino-americanos continuarem a reduzir as suas, isso fará com que os países da América Latina e Caribe sejam também destinos menos atraentes para os fluxos de capital. Portanto, quanto mais cedo os Estados Unidos e a Europa conseguirem controlar a inflação, melhor para a região. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.