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10/Apr/2024

Dólar cai influenciado pela alta do minério de ferro

A forte alta dos preços do minério de ferro no mercado internacional, pelo segundo dia consecutivo, abriu espaço para nova baixa do dólar no Brasil, importante exportador global da commodity, mas ainda assim a moeda norte-americana se manteve pouco acima do nível técnico dos R$ 5,00 nesta terça-feira (09/04). O dólar fechou a R$ 5,00, em baixa de 0,50%. Em abril, a divisa acumula queda de 0,18%. A moeda norte-americana cedeu durante toda a sessão no Brasil em continuidade ao movimento da véspera, com o Real sendo favorecido pela alta do minério de ferro no exterior. Em meio à expectativa de melhora na demanda da China, maior consumidor global do produto, o minério de ferro mais negociado para setembro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou com alta de 5,63%, a 815,5 iuanes (US$ 112,73) por tonelada. Este é o nível mais alto desde 25 de março, após aumento de mais de 3% na segunda-feira (08/04).

Segundo o Banco BV, o Real esteve mais ligado nesta terça-feira (09/04) às moedas de commodities, como o rand sul-africano e o peso chileno, que também se beneficiam da valorização dos metais. Mas, o câmbio esteve com pouca movimentação, com ausência de dados. O mercado está aguardando os números de inflação dos Estados Unidos. Neste cenário, o dólar marcou a cotação máxima de R$ 5,02 (-0,08%) na abertura dos negócios, para depois atingir a mínima de R$ 5,00 (-0,64%). Apesar de tocar os R$ 5,00, o dólar não teve força para passar por esta barreira psicológica. Segundo a Correparti Corretora, nos R$ 5,00 aparece comprador e investidor recompondo posição em dólar. Ressalta-se a liquidez relativamente reduzida, com investidores segurando posições antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (10/04).

Participantes do mercado no Brasil também seguiam atentos ao noticiário sobre possível mudança na meta fiscal para 2025. O governo tem até o dia 15 de abril para encaminhar ao Congresso o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano. Na segunda-feira (08/04), surgiu a informação de que a meta pode cair de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para um resultado de 0% a 0,25%. A percepção de risco local está muito relacionada ao fiscal. O mercado começou 2024 muito tranquilo em relação a esta percepção fiscal, mas ela tende a piorar ao longo do ano, avaliou o Banco BV. Por isso, a aposta é em um nível de câmbio mais depreciado no fim do ano, de R$ 5,30. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,01%, a 104,100. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de junho. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.