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05/Apr/2024

Dólar em alta com Fed e tensão geopolítica no radar

Após sustentar leves perdas durante a maior parte do dia, o dólar fechou esta quinta-feira (04/04) em leve alta ante o Real, em sessão marcada por uma busca por ativos de maior risco após a divulgação de números mais fracos que o esperado do mercado de trabalho dos Estados Unidos, mas de recuperação para a moeda norte-americana no período da tarde. O dólar fechou a R$ 5,05, em alta de 0,21%. Desde a tarde de quarta-feira (03/04) já havia no mercado uma percepção mais positiva em relação à política monetária dos Estados Unidos, após a divulgação de dados do setor de serviços norte-americano e de declarações do chair do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell. Powell afirmou que há riscos de se cortar os juros muito cedo, mas também de se esperar demais. Ao mesmo tempo, afirmou que a política monetária está apertada e funcionando e que o mercado de trabalho está se reequilibrando.

Com as palavras de Powell, o dólar já havia recuado ante o Real na quarta-feira (03/04), em meio à percepção de que o Federal Reserve cortará de fato os juros ainda em 2024. Nesta quinta-feira (04/04), dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos contribuíram para a continuidade deste movimento. O Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9.000 na semana encerrada em 30 de março, para 221.000 em dado com ajuste sazonal. Este cenário favoreceu a busca de ativos de maior risco em todo o mundo, o que fez o dólar recuar ante o Real. Após subir no início da sessão, o dólar marcou a mínima de R$ 5,00 (-0,73%) às 12h47, já após os dados de auxílio-desemprego. Segundo a One Investimentos, o mercado está repercutindo Powell que, apesar dos dados fortes de inflação e atividade, manteve o tom dizendo que está olhando os números para cortar juros, mantendo inclusive a possibilidade de corte no curto prazo.

As notícias de que os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, concordaram sobre pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras animou os mercados de modo geral, o que favoreceu a busca por ativos de maior risco no Brasil, como ações. Isso também contribuiu para o sinal negativo do dólar ante o Real. Na segunda metade da sessão, porém, o dólar recuperou força em relação às demais divisas, incluindo o Real. A máxima da sessão foi de R$ 5,05 (+0,26%). O movimento ocorreu em meio a certa tensão militar no exterior entre Israel e Irã. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,01%, a 104,210. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de junho. O Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 1,752 bilhão em março, com saídas líquidas de US$ 5,540 bilhões pelo canal financeiro e entradas líquidas de R$ 7,292 bilhões pela via comercial. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.