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28/Mar/2024

China quer estreitar laços comerciais com os EUA

O presidente da China, Xi Jinping, defendeu laços comerciais mais estreitos com os Estados Unidos durante reunião com os principais líderes empresariais norte-americanos em Pequim, que veio em um momento em que as relações bilaterais melhoram gradualmente depois de atingirem o nível mais baixo em anos. Xi ressaltou nesta quarta-feira (27/03) os laços econômicos mutuamente benéficos entre as duas maiores economias do mundo, apesar das pesadas tarifas impostas pelo Estados Unidos a importações chinesas e de acusações do governo norte-americano sobre influência indevida do Partido Comunista, barreiras comerciais injustas e roubo de propriedade intelectual.

A economia chinesa vem lutando para se recuperar das severas restrições adotadas durante a pandemia de Covid-19, que foram removidas apenas no fim de 2022, mas Xi afirmou que a China voltou a contribuir para o crescimento econômico mundial. As relações sino-americanas são uma das relações bilaterais mais importantes do mundo. O fato de China e Estados Unidos cooperarem ou entrarem em confronto tem influência no bem-estar dos dois povos e no futuro e destino da humanidade, disse Xi. Os respectivos sucessos da China e dos EUA criam oportunidades um para o outro, acrescentou Xi. Desde que ambos os lados se vejam como parceiros, se respeitem, coexistam pacificamente e se unam para assegurar ganhos recíprocos, as relações entre China e Estados Unidos irão melhorar.

A secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, criticou o que vê como estratégia do governo chinês de produzir em excesso, inundando mercados globais de produtos com preços deprimidos, o que impede uma competição justa. Yellen se diz "preocupada" com os efeitos globais do excesso de capacidade visto na China. No passado, em indústrias como aço e alumínio, o apoio do governo chinês levou a um excesso de investimento e de capacidade, com empresas do país asiático buscando exportar ao exterior a preços deprimidos. Isso mantinha a produção e o emprego na China, mas forçava a indústria do resto do mundo a contrair. Agora, observa-se a construção de excesso de capacidade em 'novas' indústrias como a solar, os veículos elétricos e baterias de lítio.

O excesso de capacidade chinês distorce os preços globais e os padrões de produção, além de prejudicar empresas e trabalhadores dos Estados Unidos e pelo mundo. Isso pode levar a cadeias de produção mais concentradas, com impacto negativo na resiliência da economia global. Há preocupações de outros governos em países industrializados e em emergentes, bem como da comunidade de negócios globalmente. Yellen reforça a importância de que as empresas e os trabalhadores norte-americanos possam competir em um nível justo. Os Estados Unidos já levantaram a questão com a China e ela planeja que esse seja uma questão crucial nas discussões durante sua próxima viagem ao país asiático. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.