28/Mar/2024
O Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca o envelhecimento da população, a falta de investimentos e o excesso de burocracia como desafios reais para a Alemanha. O país enfrenta alguns desafios econômicos sérios, mas não necessariamente são eles os que recebem mais atenção. Resolver essas questões serão necessárias reformas ambiciosas. A maior economia da Europa enfrenta dificuldades e foi a única do G7 a encolher no ano passado. Neste ano, a Alemanha deve ser a que menos crescerá no grupo. O país sofreu um choque com o corte de gás russo, em 2022, que piorou a inflação, mas esta alta nos preços do gás se mostrou temporária.
As preocupações sobre desindustrialização disseminada na Alemanha também são exageradas. A fraqueza econômica do país reflete uma combinação de fatores temporários e algumas questões estruturais. Do lado temporário, o corte de gastos de consumidores e os juros mais altos do Banco Central Europeu (BCE), bem como um reequilíbrio na demanda global, com maior foco em serviços, que se mostrou desfavorável à Alemanha, mais intensiva na manufatura. A boa notícia é que esses fatores temporários devem gradualmente perder força, ao longo de um ou dois anos.
O aspecto negativo é que há questões mais estruturais, que exigem políticas, como o envelhecimento da população. É necessário um esforço para expandir a capacidade de planejamento das municipalidades alemãs, para impulsionar o investimento público, bem como um relaxamento modesto no ajuste fiscal, que ainda permitiria reduzir a dívida pública como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB). A produtividade também poderia ser apoiada por redução na burocracia. A digitalização de serviços do governo igualmente beneficiaria esse processo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.