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27/Mar/2024

Inflação arrefece ritmo de alta neste mês de março

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,36% em março, após ter avançado 0,78% em fevereiro. Com o resultado anunciado nesta terça-feira (26/03), o IPCA-15 registrou um aumento de 1,46% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,14%, ante taxa de 4,49% até fevereiro. A alta de 0,36% registrada em março pelo IPCA-15 foi a mais branda para o mês desde 2020, quando o indicador subiu 0,02%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a desacelerar. Em março de 2023, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,69%. Como resultado, a taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses arrefeceu de 4,49% em fevereiro de 2024 para 4,14% em março de 2024, a mais baixa desde julho de 2023, quando estava em 3,19%. Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,91% em março, após alta de 0,97% em fevereiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,19% para o IPCA-15, que subiu 0,36% no mês.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 1,04% em março, após ter avançado 1,16% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,59%, ante alta de 0,48% em fevereiro. Os preços dos alimentos para consumo no domicílio voltaram a ficar mais caros em março. As altas alcançaram dois dígitos em itens como cebola (16,64%), banana prata (12,33%) e banana d'água (15,22%). As famílias pagaram mais também pelo ovo de galinha (6,24%), frutas (5,81%) e leite longa vida (3,66%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,59% em março. A refeição fora de casa subiu 0,76%, e o lanche aumentou 0,19%. O ritmo de avanços no grupo Alimentação e bebidas, porém, teve leve desaceleração: de uma alta de 0,97% em fevereiro para elevação de 0,91% em março. Os preços de Transportes subiram 0,43% em março, após alta de 0,15% em fevereiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,09% para o IPCA-15, que subiu 0,36% no mês.

Os preços de combustíveis tiveram alta de 2,41% em março, após avanço de 0,77% no mês anterior. A gasolina subiu 2,39%, após ter registrado alta de 0,84% em fevereiro, enquanto o etanol avançou 4,27% nesta leitura, após alta de 0,32% na última. A queda de 9,08% no preço das passagens aéreas em março resultou na maior contribuição individual para deter uma inflação mais acentuada no mês. O subitem impactou em -0,07% a formação da taxa de 0,36% apurada IPCA-15. Houve aumento de 2,41% nos combustíveis, devido a altas de preços na gasolina (2,39%) e etanol (4,27%). A gasolina foi o item de maior pressão no IPCA-15 no mês, uma contribuição de 0,12%. O óleo diesel recuou 0,15% em março, e o gás veicular diminuiu 2,07%. O subitem táxi subiu 0,61%, devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte a partir de 8 de fevereiro. A taxa apurada em ônibus intermunicipal aumentou 0,71%. A taxa de trem recuou 1,00%. O aumento de 2,39% na gasolina exerceu a maior pressão sobre a prévia da inflação oficial em março, respondendo sozinha por um terço do IPCA-15 deste mês.

O subitem deu uma contribuição de 0,12% para a taxa de 0,36% apurada pelo IPCA-15 de março. Também figuraram no ranking de maiores pressões sobre o IPCA-15 de março os itens plano de saúde (alta de 0,77% e impacto de 0,03%), cebola (16,64% e 0,03%), banana prata (12,33% e 0,03%) e refeição fora de casa (0,76% e 0,03%). Na direção oposta, a passagem aérea foi o item de maior influência negativa sobre a inflação de março. Outros itens no ranking de maiores alívios sobre o IPCA-15 do mês foram batata-inglesa (queda de 9,87% e impacto de -0,03%), pacote turístico (-4,71% e -0,03%), cinema, teatro e concertos (-3,97% e -0,02%), aparelho telefônico (-1,38% e -0,01%), óleo de soja (-3,19% e -0,01%) e cenoura (-6,10% e -0,01%). Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,14% em fevereiro para aumento de 0,19% em março, uma contribuição positiva de 0,03% para o IPCA-15 deste mês. A energia elétrica ficou estável (0,00%), assim como a taxa de água e esgoto (0,00%). O condomínio subiu 0,73%, e o aluguel residencial aumentou 0,14%. O gás encanado recuou 0,35%, devido a reajustes tarifários.

Quatro dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços em março. Houve deflação em Vestuário (-0,22%, impacto de -0,01%), Artigos de residência (-0,58%, impacto de -0,02%) Despesas pessoais (-0,07%, impacto de -0,01%) e Comunicação (-0,04%, impacto de 0,00%). Os grupos com aumentos foram Alimentação e bebidas (0,91%, impacto de 0,19%), Transportes (0,43% e impacto de 0,09%), Habitação (0,19%, impacto de 0,03%), Educação (0,14%, impacto de 0,01%) e Saúde e cuidados pessoais (0,61%, impacto de 0,08%). O resultado geral do IPCA-15 em março foi decorrente de altas de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. A taxa mais branda ocorreu em Goiânia - GO (0,14%), enquanto a mais acentuada foi registrada em Belém - PA (0,74%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.