ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

15/Mar/2024

Conversão de pastagens e sustentabilidade do Agro

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (14/03), que o governo quer apresentar a conversão de pastagens degradadas em áreas de produção agropecuária com a “roupagem e o compromisso certificado da sustentabilidade”. O objetivo do programa encampado pelo Executivo é recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade, o que poderia dobrar a área de produção de alimentos no País sem desmatamento, em um prazo de dez anos. É fato que o Brasil assume cada vez mais compromisso com a sustentabilidade, compromisso com a produção que respeita o meio ambiente, que respeita as legislações trabalhistas, as boas parcerias. E o mundo quer cada vez mais isso. Segundo o ministro, muitos países falam em diminuição da agropecuária como forma de manter a sustentabilidade, mas não é isso que o governo brasileiro defende.

O Brasil tem o mesmo compromisso ambiental, mas com crescimento da produção agrícola, incremento de área, com crescimento de oportunidades, e cada vez menos desmatamento. Fávaro ressaltou que o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) já está previsto em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que é preciso levar a proposta ao exterior para conseguir financiamento. O ministro quer apresentar o programa com a roupagem e o compromisso certificado da sustentabilidade. Para que isso atraia capital, abra mais mercados e possa gerar ativos de sustentabilidade. O pacote deve incluir linhas de crédito para os produtores realizarem práticas sustentáveis nas áreas degradadas.

A ideia é zerar o desmatamento, pois não é preciso crescer sobre a floresta. Claro, tem o Código Florestal que tem permissões para poder fazer novas áreas improvisadas, mas não é necessário, disse Fávaro, ao citar a conversão de pastagens degradadas em áreas de produção sustentável. O Ministério da Agricultura iniciou nesta quinta-feira (14/03), o funcionamento de grupos de trabalho que apresentarão propostas sobre o programa para um comitê presidido pelo assessor especial Carlos Augustin. A ideia é que, com o apoio do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério auxilie na captação de recursos externos para financiar as atividades do programa.

O mundo quer que o Brasil não desmate, e o governo concorda com isso. O mundo quer alimentos saudáveis produzidos com baixo carbono, com uso de bioinsumos. Com uma série de requisitos de sustentabilidade pode-se fazer isso, o País tem capacidade técnica, mas não tem dinheiro. A ideia é não usar recurso do Tesouro, e sim captar o chamado “dinheiro verde”, uma espécie de financiamento externo para atividades sustentáveis com juros baixos. Carlos Fávaro afirmou que será necessário explicar para o investidor internacional os benefícios de aplicar seus recursos para ampliar a conversão de pastagens degradadas em áreas sustentáveis no Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.