13/Mar/2024

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a competição desleal foi apontada por 20% dos empresários da indústria de transformação como um grave problema para os negócios. Segundo a sondagem referente ao quarto trimestre de 2023, a competição com a informalidade, especialmente com o contrabando e a pirataria, tem se agravado nos últimos anos representando, assim, o terceiro maior entrave para o setor. Para efeito de comparação, no primeiro trimestre de 2021, a competição desleal era apontada como obstáculo para 10,4% dos profissionais da indústria de transformação.

Hoje, o aspecto só fica atrás de dois problemas recorrentes: a elevada carga tributária com implicações na perda de competitividade, apontada como principal problema para 14 setores da indústria de transformação (destacada por 37,5% dos entrevistados), e a demanda interna insuficiente por bens industriais, citada como um entrave por 31,2% dos empresários. Considerando 22 setores industriais, a insatisfação com a competição desleal subiu de terceiro para o principal problema para o setor de Produtos diversos, seguido das áreas de Vestuário e acessórios, além de Produtos de borracha.

O patamar elevado da taxa básica de juros, com impacto na obtenção de crédito e na maior inadimplência, foi assinalado como o quarto maior problema por 19,5% dos empresários. Embora a Selic elevada não seja a principal dificuldade para nenhum dos entrevistados, a questão foi o segundo obstáculo mais citado por profissionais das indústrias de veículos automotores, máquinas e equipamentos. A elevada carga tributária é vista como um fator mais crítico nos setores de produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal, bebidas, impressão e reprodução.

Para 20 dos 22 setores ouvidos, a demanda interna insuficiente, com baixa procura por bens industriais, está entre os três principais problemas. Para 8 setores, no entanto, esse aspecto é visto como um principal entrave: indústrias têxteis, couros e artefatos de couro; metalurgia, minerais não metálicos, equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, máquinas e materiais elétricos, produtos de borracha, além de papel e celulose. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.