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12/Mar/2024

Brasil busca ampliar exportação agrícola para EUA

O Brasil quer aumentar a cota de exportação de carne bovina e de açúcar para os Estados Unidos e exportar carne de frango e lima ácida thaiti (limão) para o país norte-americano. Essas aberturas e ampliações de mercado serão negociadas durante missão iniciada nesta segunda-feira (11/03) do Ministério da Agricultura ao país, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais da Pasta, Roberto Perosa. A intenção é, no mínimo, dobrar a cota de exportação de carne bovina, de 65 mil toneladas ao ano, e aumentar a cota de exportação de açúcar. Hoje, a cota de açúcar brasileiro que pode ser enviado aos Estados Unidos com regime tributário especial é definida a cada safra. Apesar de os dois países integrarem o rol de maiores exportadores de carne bovina do mundo, há complementaridade neste mercado.

A carne norte-americana é de prateleira. A carne brasileira é de indústria, para mistura na produção alimentícia, a qual eles compram de outros países e poderiam importar do Brasil. a ideia não é concorrer com a proteína norte-americana no mercado dos Estados Unidos. O governo brasileiro quer concluir, ainda, a liberação para a exportação da lima ácida thaiti (limão) para os Estados Unidos. O protocolo fitossanitário para o comércio está pronto, analisado e já acordado pelos dois países, apenas com a assinatura pendente. A abertura do mercado norte-americano para carne de frango brasileira, pedida pelo setor de proteína animal, também integrará as tratativas. São temas que estão na pauta, pois serão tratadas as pendências na pauta comercial entre os países.

Cada um apresentará seus desejos e se tentará chegar a um acordo comum. Haverá reuniões com as autoridades agropecuárias dos Estados Unidos e da diplomacia brasileira. Em contrapartida, do lado dos Estados Unidos, há o desejo pela redução da tarifa de importação aplicada no Brasil sobre o etanol norte-americano, hoje de 18%. Os Estados Unidos também estão entre os principais destinos do biocombustível brasileiro. Para haver negociação comercial, um acordo tem de ser bom para os dois lados. Se a percepção sobre a proposta norte-americana for de equilíbrio, serão fechados os acordos nos temas compactuados. Diferentemente de outros segmentos, os dois países são competidores globais no agronegócio e disputam espaço na exportação de grãos e de carnes.

Ambos estão entre os cinco maiores produtores de soja, milho e carne bovina do mundo. Hoje, a exportação domina brasileira predomina na balança comercial do agronegócio entre os países. Em 2023, o Brasil desembolsou US$ 843,560 milhões com a internalização de produtos agropecuários norte-americanos, enquanto a receita de exportação gerou US$ 9,820 bilhões, sobretudo de celulose, madeira e café. Ainda na missão, o governo brasileiro apresentará o programa de conversão de pastagens degradadas em áreas agricultáveis a fundos de investimento dos Estados Unidos. A ideia é pautar o tema dentro da agenda de investimentos sustentáveis do país. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.