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08/Mar/2024

Dólar fecha em baixa pela 2ª sessão consecutiva

O dólar recuou frente ao Real nesta quinta-feira (07/03), após falas sem grandes surpresas do chair do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, com o foco de investidores passando a se concentrar totalmente em dados de emprego dos Estados Unidos previstos para esta sexta-feira (08/03). A divisa norte-americana fechou em baixa de 0,23%, a R$ 4,93, movimento que acompanhou a forte queda de 0,5% do índice que compara o dólar a uma cesta de pares fortes. Powell afirmou que o Fed não está longe de ganhar a confiança necessária na queda da inflação para começar a reduzir a taxa de juros, mas ressaltou que eventuais ajustes dependerão da evolução da economia e da continuidade de alta mais lenta dos preços, ficando na dependência de dados.

Para a Geral Asset, as falas de Jerome Powell têm indicado que a decisão vai ser exclusivamente por conta de dados econômicos, e sinalizando que não quer apertar demais a política monetária para não detonar atividade, mas também está esperando essa resposta de convergência um pouco maior dos dados de inflação, crescimento, emprego. A expectativa é de que o relatório de empregos do governo dos Estados Unidos, a ser publicado nesta sexta-feira (08/03), mostre abertura ainda sólida de 200 mil vagas de trabalho, contra 353 mil em janeiro. Qualquer dado acima do esperado tende a impulsionar o dólar globalmente, já que jogaria a favor de um posicionamento mais restritivo por parte do Fed. Juros mais altos nos Estados Unidos tornam o dólar mais atraente, uma vez que elevam os retornos do extremamente seguro mercado de renda fixa norte-americano.

Apesar de um clima externo incerto, a força da balança comercial do Brasil, principalmente após um 2023 ‘estelar’, é um fator de apoio ao Real no médio a longo prazo. Isso está sendo um certo colchão de segurança, está tendo fluxo via comercial para a economia brasileira. E, se o investimento estrangeiro direto não vai ser tão pujante com tudo o que se vê no mundo, mesmo assim o Brasil, se comparado a outros países emergentes, é atrativo; não está tendo guerra aqui e a questão institucional está razoavelmente controlada. Esse é um ponto interessante para acompanhar nas próximas semanas, meses, até anos, para que segure um câmbio num patamar mais baixo. Se o Brasil conseguir ajustar a parte fiscal, o dólar pode voltar para um patamar menor do que a média (entre R$ 4,80 e R$ 5,00). Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.