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08/Mar/2024

Preços agropecuários caem em fevereiro no atacado

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,41% em fevereiro, após uma redução de 0,27% em janeiro. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 0,67% no ano. Em 12 meses, houve recuo acumulado de 4,04%. Foram apresentados os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve redução de 0,76% em fevereiro, ante uma queda de 0,59% em janeiro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,55% em fevereiro, após aumento de 0,61% em janeiro. O INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,13% em fevereiro, depois da alta de 0,27% em janeiro. O período de coleta de preços para o índice de fevereiro foi do dia 1º ao dia 29 do mês. Os preços dos produtos agropecuários no atacado recuaram 1,02% em fevereiro, depois de uma queda de 1,48% em janeiro. Os produtos industriais recuaram 0,66% em fevereiro, ante uma redução de 0,27% em janeiro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,50% em fevereiro, ante elevação de 0,57% em janeiro. Os preços dos bens intermediários caíram 0,17% em fevereiro, depois de recuarem 1,18% em janeiro. Os preços das matérias-primas brutas registraram redução de 2,70% em fevereiro, após uma queda de 1,12% em janeiro. As quedas nos preços de grandes commodities puxaram a deflação no atacado medida pelo IGP-DI de fevereiro. O ranking de maiores contribuições negativas inclui os recuos significativos na soja em grão (-10,02%), minério de ferro (-4,94%), farelo de soja (-9,65%), milho (-5,27%) e arroz em casca (-4,18%). O índice ao produtor apresentou uma nova queda, com um espectro mais amplo de itens influenciando esse movimento. Destacam-se as variações significativas em produtos como o minério de ferro, que passou de um aumento de 2,27% para uma redução de 4,94%, o milho, que mudou de um leve acréscimo de 0,07% para uma queda de 5,27%, e o arroz, que foi de um crescimento de 3,72% para uma diminuição de 4,18%.

Apesar desses recuos, a redução geral do Índice de Preços ao Produtor (IPA) não foi mais acentuada devido à elevação nos preços de itens como os ovos, que saltaram de uma queda de 4,86% para um expressivo aumento de 12,97%, e o leite in natura, que viu seu preço crescer de 0,39% para 4,35%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) passou de um recuo de 0,59% em janeiro para uma queda de 0,76% em fevereiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais desacelerou de uma alta de 0,57% em janeiro para um avanço de 0,50% em fevereiro, tendo como principal contribuição o subgrupo bens de investimento, cuja variação passou de 0,33% para -0,87% no período. O grupo Bens Intermediários passou de -1,18% em janeiro para -0,17% em fevereiro, influenciado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -5,80% para 0,74%.

O grupo das Matérias-Primas Brutas saiu de queda de 1,12% em janeiro para recuo de 2,70% em fevereiro, puxado pelos itens minério de ferro (de 2,27% para -4,94%), milho em grão (de 0,07% para -5,27%) e mandioca/aipim (de 5,76% para -0,54%). As taxas tiveram tendência ascendente na soja em grão (de -11,28% para -10,02%), leite in natura (de 0,39% para 4,35%) e cana-de-açúcar (de -1,33% para -0,16%). O aumento de 2,60% no preço da gasolina exerceu a maior pressão individual sobre a inflação no varejo medida pelo IGP-DI de fevereiro. Porém, a queda de 6,51% na passagem aérea ajudou a arrefecer o ritmo de alta de preços ao consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta 0,61% em janeiro para uma elevação de 0,55% em fevereiro. Duas das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Educação, Leitura e Recreação (de 2,59% em janeiro para -1,17% em fevereiro) e Alimentação (de 1,54% para 1,06%). As principais contribuições partiram dos itens cursos formais (de 6,65% para 0,00%) e hortaliças e legumes (de 10,08% para 5,75%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Transportes (de -0,17% para 0,87%), Despesas Diversas (de 0,19% para 2,05%), Habitação (de 0,10% para 0,32%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,30% para 0,56%), Vestuário (de -0,27% para 0,34%) e Comunicação (de 0,13% para 0,43%). As maiores influências partiram dos itens: gasolina (de -0,66% para 2,60%), serviços bancários (de 0,09% para 3,51%), aluguel residencial (de -1,24% para 2,98%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,04% para 0,95%), roupas (de -0,34% para 0,33%) e mensalidade para TV por assinatura (de -0,37% para 1,47%). O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,42% em fevereiro, após um aumento de 0,37% em janeiro. Dos 85 itens componentes do IPC, 37 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 63,87% em janeiro para 65,48% em fevereiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.