08/Mar/2024
Segundo estimativa da Alfi, associação da indústria de fundos de Luxemburgo, a demanda por investimentos em ativos com propósito ambiental, social e de governança (ESG) entre investidores europeus deve aumentar em 15,9 trilhões de euros, equivalente a cerca de US$ 21 trilhões até 2026. No final de 2023, o total de recursos alocados por investidores institucionais europeus em ESG somava 3,7 trilhões de euros e a previsão é que chegue a 19,6 trilhões de euros em 2026.
Os fundos de pensão e as seguradoras europeias, que respondem por 46% dessa demanda, já percebem uma escassez de oferta de instrumentos financeiros geridos sob esses três critérios para atender as exigências de práticas e compromissos ambientais assumidos pelos governos europeus. Segundo a PwC, os investidores estrangeiros querem e esperam que o Brasil ofereça produtos de investimento de impacto. Produtos de impacto de preservação e regeneração de floresta, assim como relacionados ao crédito de carbono, geram grande interesse entre os fundos de investimento europeus.
Poucos países no mundo oferecem essa capacidade de geração de ativos como o Brasil e o mercado de capitais brasileiro tem uma oportunidade de ouro de se tornar uma referência na oferta de ativos de impacto ambiental e social. Além do Brasil, outro polo de geração de ativos de impacto é o Sudeste Asiático, especialmente Indonésia, Vietnã e Bangladesh. Nesse sentido, a Alfi tem desenvolvido alguns projetos com players locais brasileiros.
iUm desses parceiros é o Grupo Gaia, que está estruturando a oferta na Europa um Certificado de Recebível do Agronegócio (CRA) em dólar a ser emitido por uma empresa que atua no segmento de orgânicos. Segundo a Gaia, a ideia foi aproveitar o foco do investidor europeu predominantemente na questão ambiental para agregar impacto positivo social ao projeto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.