04/Mar/2024
De acordo com uma nova análise da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgada na sexta-feira (1º/03), a alta de emissões globais de dióxido de carbono relacionadas com a energia desacelerou em 2023 comparado a 2022, mesmo com o aumento da demanda total de energia. Porém, o Monitor do Mercado de Energia Limpa da AIE mostra que a implantação de energia limpa continua excessivamente concentrada nas economias avançadas e na China, o que escancara a necessidade de maiores esforços internacionais para aumentar o investimento e a implantação de energia limpa nas economias emergentes e em desenvolvimento.
Em 2023, as economias avançadas e a China representaram 90% das novas centrais solares fotovoltaicas e eólicas a nível mundial, e 95% das vendas de veículos elétricos, de acordo com dados da instituição. As economias avançadas registraram uma queda recorde nas suas emissões de CO2 em 2023, mesmo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na maioria delas, atingindo o nível mais baixo dos últimos 50 anos, enquanto a procura de carvão caiu para níveis nunca vistos desde o início do século XX. Houve expansão da produção de energia solar fotovoltaica, eólica, nuclear e proveniente de carros elétricos.
A soma dessas energias contribuiu para a redução do consumo de combustíveis fósseis. Sem tecnologias de energia limpa, o aumento global das emissões de CO2 nos últimos cinco anos teria sido três vezes maior. As emissões aumentaram 410 milhões de toneladas em 2023, uma alta de 1,1% ao ano, enquanto em 2022 a alta foi de 490 milhões de toneladas. Parte dos ganhos vistos no ano passado são consequência de um déficit excepcional de energia hidrelétrica, resultado de secas extremas na China e nos Estados Unidos, principalmente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.