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27/Feb/2024

Agricultores protestam na sede da União Europeia

Barreiras de concreto e arame farpado cercaram a sede da União Europeia (UE) nesta segunda-feira (26/02), enquanto agricultores europeus se reuniam no local, em Bruxelas, onde ministros da agricultura do bloco se encontravam. O movimento é uma nova demonstração de força dos protestos dos produtores rurais, que têm realizado manifestações nas últimas semanas contra as políticas agrárias da União Europeia e a concorrência com produtos estrangeiros com custos mais baixos. Do outro lado das barreiras, os ministros tentavam demonstrar que estavam atentos às reclamações.

A presidência da União Europeia, atualmente ocupada pela Bélgica, reconheceu que as preocupações dos agricultores incluem o ônus de respeitar políticas ambientais, uma queda na assistência do sistema de subsídios agrícolas e o impacto dos ataques da Rússia na oferta de grãos da Ucrânia. O Ministério da Agricultura da França afirmou que é necessário enviar sinais imediatos para dizer aos agricultores que algo está mudando, não apenas a curto prazo, mas também a médio e longo prazo. O Ministério da Agricultura da Irlanda afirmou que a prioridade deve ser reduzir a burocracia administrativa.

A União Europeia deve garantir que as políticas sejam diretas, proporcionais e o mais simples possível para os agricultores implementarem. O movimento ganhou impulso em meio às campanhas para as eleições por toda a Europa, de 6 a 9 de junho, e já mostrou resultado: no início do mês, o braço executivo da União Europeia suspendeu uma proposta anti-defensivos em concessão aos agricultores, que constituem uma importante base eleitoral. Espanha, Holanda e Bulgária foram alguns países alvo de protestos nas últimas semanas.

Segundo o Ministério de Infraestrutura da Ucrânia, 160 toneladas de grãos ucranianos que estavam em trânsito para o Porto de Gdansk, na Polônia, foram destruídas perto da cidade de Bydgoszcz. É o quarto caso de vandalismo nas estações ferroviárias polonesas. Os produtos agrícolas ucranianos têm sido alvo de protestos na Europa. Na semana passada, agricultores poloneses bloquearam passagens da fronteira da Polônia com a Ucrânia, queimando pneus e retirando grãos de vagões de trens, em protesto contra a importação de alimentos ucranianos e as políticas ambientais da União Europeia. Eles alegavam que os produtos da Ucrânia geram excesso de oferta no mercado, reduzindo preços e sua renda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.