26/Feb/2024
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, espera que até o fim de fevereiro o governo já tenha mais clareza sobre quais segmentos do agronegócio de fato vão demandar algum tipo de socorro pelo poder público. Após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Fávaro considerou que o setor não sofre uma crise, embora enfrente dificuldades, e que essa constatação auxilia o Executivo a oferecer ajuda "segmentada", somente a quem necessita.
O setor produtivo pede a prorrogação dos financiamentos para investimento com vencimento neste ano para o último ano do contrato, com manutenção das taxas de juros, renegociação dos financiamentos de custeio, antecipação das operações de pré-custeio e liberação de recursos adicionais para capital de giro. Os ministros debateram o cenário de safra, de onde há perdas, e o impacto disso.
Os preços da commodity baixaram, e em janeiro o Brasil teve superávit na balança comercial de US$ 11 bilhões. Isso é relevante quando a soja, por exemplo, está cotada a R$ 100,00 por saca de 60 Kg e não a R$ 170,00 por saca de 60 Kg, como há algum tempo. Isso mostra que o agro está bem, mas é lógico que há dificuldades, perdas climáticas, perdas de renda por causa de preço baixo de commodity, avaliou o ministro.
Contudo, o governo só terá mais clareza sobre os segmentos que precisarão de alguma medida específica quando a colheita da safra chegar perto de 50% da área plantada, o que deve acontecer até o fim de fevereiro. Por isso, explicou o ministro, o Tesouro também ainda não tem cálculo sobre o impacto fiscal de eventual pacote de socorro. Ainda não dá para aprofundar porque o País está com 30% da safra colhida, quando chegar perto de 50%, no fim de fevereiro, será possível ter mais essa noção de quem vai precisar de ajuda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.