20/Feb/2024

Segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, o Brasil deve faturar neste ano 15% mais com a exportação de produtos agropecuários aos países da Liga Árabe. Em 2023, as vendas às 22 nações geraram receita de US$ 14,538 bilhões. Há maior demanda interna e para reexportação. Isso ocorre mesmo com a instabilidade política na região, que limita o crescimento de alguns países. Argélia, Marrocos e Iraque serão mercados-chave para a expansão, enquanto o consumo dos países do Golfo Pérsico tende a continuar sustentado.

A recuperação econômica do Egito e a safra de açúcar do Brasil, principal produto comprado pelos árabes, são fatores que podem influenciar no resultado. O frango é um dos principais produtos do agro brasileiro exportados à Liga Árabe. Em 2023, Arábia Saudita, Argélia e Emirados Árabes Unidos lideraram as compras. Os esforços diplomáticos do governo brasileiro em estreitar as relações contribuem para mais negócios, como a visita do presidente Lula à Arábia Saudita e ao Catar, em dezembro, e ao Egito neste mês. Tem efeito político com aberturas de mercados e aumento dos investimentos árabes no Brasil.

Somente no ano passado, o Brasil conquistou oito novos mercados para produtos do agro nos países árabes. Os países árabes têm interesse em importar mais alimentos industrializados do Brasil, como cortes nobres bovinos, processados de frango, achocolatados, biscoitos, açaí. As vendas desses produtos avançaram 40% em 2023 ante 2022, mas a pauta deve seguir concentrada em commodities nos próximos anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.