19/Feb/2024

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os recuos nos preços da soja e do milho ajudaram a puxar a deflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de fevereiro. O IGP-10 passou de uma alta de 0,42% em janeiro para uma queda de 0,65% em fevereiro. O índice acumulou uma redução de 3,84% em 12 meses. Segundo o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), é evidente que as flutuações mais marcantes no mercado estão relacionadas a itens cuja produção é sensivelmente impactada por variações climáticas.

Destacam-se especialmente produtos como tubérculos e frutas; por exemplo, o preço da mandioca, que reverteu um declínio de 2,61% em um expressivo crescimento de 10,45%, e da laranja, cujo aumento acelerou de 5,82% para 9,33%. Em relação às principais commodities agrícolas, uma mudança significativa na tendência foi percebida desde janeiro; especificamente, o milho, que havia visto um aumento de 10,52%, sofreu uma queda para -4,99%, e a soja, que registrou uma redução drástica de seu valor, indo de uma diminuição modesta de 1,26% para um recuo acentuado de 15,01%.

De maneira similar ao observado no IPA, os produtos perecíveis e os gastos com educação formal foram os principais vetores de pressão inflacionária no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de uma elevação de 0,42% em janeiro para uma queda de 1,08% em fevereiro. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de uma alta de 1,04% em janeiro para elevação de 0,33% em fevereiro, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa desacelerou de 8,91% para 3,90%.

O grupo Bens Intermediários passou de queda de 1,42% em janeiro para recuo de 0,93% em fevereiro, puxado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -6,12% para -3,36%. O grupo Matérias-Primas Brutas arrefeceu de alta de 1,88% em janeiro para queda de 2,63% em fevereiro. As principais contribuições para o movimento partiram dos itens: soja em grão (de -1,26% para -15,01%), milho em grão (de 10,52% para -4,99%) e minério de ferro (de 3,65% para -1,05%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: mandioca/aipim (de -2,61% para 10,45%), leite in natura (de -0,74% para 3,12%) e cana-de-açúcar (de -1,35% para -0,42%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.