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16/Feb/2024

Dólar encerra sessão praticamente estável ante Real

O dólar fechou esta quinta-feira (15/02) muito próximo da estabilidade ante o Real, numa sessão marcada pela queda quase generalizada da moeda norte-americana no exterior, após dados fracos do varejo e da indústria dos Estados Unidos motivarem apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode não levar tanto tempo para cortar os juros. Numa sessão em que as cotações se mantiveram em margens estreitas, o dólar fechou a R$ 4,96, em leve queda de 0,08%. Em fevereiro, a moeda acumula alta de 0,61%. Mais uma vez, os fatores que direcionaram os preços no Brasil vieram do exterior.

O Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo dos Estados Unidos caíram 0,8% em janeiro, um resultado pior que a queda de 0,1% esperada pelos economistas. Os dados de dezembro foram revisados para baixo, mostrando aumento de 0,4% das vendas, e não de 0,6% como informado antes. A produção industrial norte-americana caiu 0,1% em janeiro ante dezembro, resultado também pior que a alta de 0,3% esperada pelos economistas. Os números negativos do varejo e da indústria acabaram deixando em segundo plano os dados favoráveis dos pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que caíram 8 mil, para 212 mil, na semana encerrada em 10 de fevereiro, considerando os ajustes sazonais.

Na prática, a percepção dos dados foi mais negativa do que positiva, o que colocou os yields dos Treasuries em baixa e, em paralelo, o dólar em queda ante as demais divisas. A leitura era de que, com a economia desacelerando, o Fed pode ter espaço para cortar juros em maio, e não necessariamente apenas em junho, como vem sendo precificado. Logo após a divulgação dos números do varejo dos Estados Unidos, o dólar marcou a cotação mínima de R$ 4,95. Depois, porém, houve certa recuperação da moeda norte-americana, que chegou a oscilar no território positivo, marcando a máxima de R$ 4,98 (+0,23%). Para a Manchester Investimentos, os dados divulgados nos Estados Unidos intensificaram as dúvidas sobre quando ocorrerá o primeiro corte da taxa de juros pelo Fed.

O chair do Fed, Jerome Powell, afirmou que a tomada de decisões será em cima de dados. Então, ele está buscando mais informações, mais consistência nesta ida da economia para a meta de inflação, para começar a cortar a taxa de juros. A B&T Câmbio afirmou que os dados de seguro-desemprego, vendas no varejo e produção industrial nos Estados Unidos aumentaram a incerteza no panorama global. Essa falta de clareza pode levar os investidores a procurar ativos considerados mais seguros, como o dólar norte-americano. O dólar vem enfrentando resistência na faixa entre R$ 4,90 e R$ 5,00, oscilando entre esses extremos em períodos de otimismo e tensão.

O dólar encerrou em leve baixa no Brasil, acompanhando o exterior, onde a divisa caía de forma praticamente generalizada ante as demais divisas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,37%, a 104,290. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de abril. O Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 5 milhões em fevereiro até o dia 9, com saídas líquidas de US$ 1,445 bilhão pela via financeira e entradas de US$ 1,450 bilhão pelo canal comercial. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.