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09/Feb/2024

Dólar sobe com dados fortes da economia dos EUA

O dólar subiu e voltou a tocar nos R$ 5,00 nesta quinta-feira (08/02), para depois encerrar levemente abaixo deste nível, com as cotações acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior, após dados do mercado de trabalho reforçarem a perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos apenas mais à frente. O dólar fechou a R$ 4,99, em alta de 0,55%. Em fevereiro, a moeda acumula ganho de 1,16%. A moeda norte-americana oscilou no território positivo durante todo o dia no Brasil. No início da sessão, os dados da inflação em janeiro foram monitorados, mas não chegaram a influenciar de forma decisiva os preços das moedas, impactando mais diretamente os negócios com juros futuros. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,42% em janeiro, ante alta de 0,56% em dezembro.

Apesar da desaceleração na margem, a inflação do mês em janeiro ficou acima das expectativas, de alta de 0,34%. O exterior, por sua vez, exercia maior influência sobre as cotações. A perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortará juros apenas em maio ou depois disso foi reforçada por novos números da economia. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego estaduais caíram 9 mil na semana encerrada em 3 de fevereiro, para 218 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Em reação, os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir, assim como o dólar ante boa parte das demais divisas, em meio à leitura de que o mercado de trabalho resiliente dificulta o início do ciclo de cortes de juros pelo Fed. No Brasil, após marcar a cotação mínima de R$ 4,97 (+0,08%), o dólar registrou a máxima de R$ 5,00 (+0,69%), já após os dados do mercado de trabalho norte-americano.

Assim como ocorreu na segunda-feira (05/02), o dólar encontrou certa resistência ao tocar os R$ 5,00 e, no segmento à vista, retornou para abaixo deste patamar. No mercado futuro, o mais líquido no Brasil, a moeda norte-americana para março se mantinha levemente acima dos R$ 5,00. Os negócios no Brasil ocorreram sob um pano de fundo político conturbado, em meio à operação da Polícia Federal que investiga tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Porém, esses desdobramentos tiveram pouco ou nenhum efeito nas negociações. No exterior, o dólar seguia em alta. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,11%, a 104,140. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.