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09/Feb/2024

Inflação mais baixa para mês de janeiro desde 2021

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento de 0,42% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro de 2024 foi o resultado mais baixo para o mês desde 2021, quando houve elevação de 0,25%. No mês de janeiro de 2023, o IPCA tinha sido de 0,53%. Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses arrefeceu pelo quarto mês consecutivo, passando de 4,62% em dezembro de 2023 para 4,51% em janeiro de 2024, a mais branda desde julho de 2023, quando estava em 3,99%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.

As famílias brasileiras gastaram 0,25% a mais com habitação em janeiro, uma contribuição de 0,04% para a taxa de 0,42% registrada pelo IPCA no mês. A energia elétrica residencial recuou 0,64%, influenciada pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS no Recife - PE (1,79%), Fortaleza - CE (-0,27%) e Salvador - BA (-9,11%), a partir de 1º de janeiro, além da apropriação do reajuste de 13,00% nas tarifas em Rio Branco - AC (5,00%) em 13 de dezembro. Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,83%. O gás encanado aumentou 0,22%. Sete dos nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em janeiro. Houve deflação em Transportes (queda de 0,65% e impacto de -0,14%) e Comunicação (-0,08%, sem impacto relevante).

Os aumentos foram registrados em Alimentação e bebidas (1,38%, impacto de 0,29%), Saúde e cuidados pessoais (0,83%, impacto de 0,11%), Despesas pessoais (0,82%, impacto de 0,08%), Educação (0,33%, impacto de 0,02%), Habitação (0,25%, impacto de 0,04%), Vestuário (0,14%, impacto de 0,01%.) e Artigos de residência (0,22%, impacto de 0,01%). Apenas 1 das 16 regiões investigadas registrou deflação em janeiro, as outras 15 tiveram avanços. O resultado mais baixo foi verificado em Brasília (DF), -0,36%, enquanto o mais elevado ocorreu em Belo Horizonte (MG), 1,10%. A alta de 29,45% na batata-inglesa exerceu a maior pressão sobre a inflação de janeiro, uma contribuição de 0,07% para a taxa de 0,42% registrada no mês pelo IPCA.

Figuraram ainda no ranking de maiores pressões sobre o IPCA de janeiro o arroz (0,05%), serviço bancário (0,04%), plano de saúde (0,03%) e cenoura (0,03%). Na direção oposta, os principais alívios partiram da passagem aérea (-0,15%), energia elétrica residencial (-0,03%), transporte por aplicativo (-0,02%), gasolina (-0,02%) e ônibus urbano (-0,01%). As condições climáticas desfavoráveis estão por trás dos aumentos nos alimentos em janeiro. O encarecimento dos itens alimentícios resultou na maior pressão sobre a inflação oficial do País neste início de 2024. O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 1,11% em dezembro para um avanço de 1,38% em janeiro. O grupo contribuiu com 0,29% para a taxa de 0,42% do IPCA do último mês. Historicamente, se observa alta nos preços dos alimentos nos meses de verão, por conta das temperaturas mais altas e maior incidência de chuvas no País.

Neste ano, isso é explicado pelo fenômeno El Niño. Apesar de ser considerado um movimento sazonal, a alta no grupo Alimentação e bebidas em janeiro foi a maior desde abril de 2022, quando os preços subiram 2,06%. Considerando apenas meses de janeiro, o aumento no grupo foi o mais acentuado desde 2016, quando a elevação foi de 2,28%. Foram os itens alimentícios que turbinaram o IPCA em janeiro, embora o encarecimento dos serviços bancários e do plano de saúde também tenha pressionado a inflação do mês. A alimentação no domicílio subiu 1,81% em janeiro. As famílias pagaram mais pela cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,25% em janeiro. A refeição fora de casa subiu 0,17%, e o lanche teve elevação de 0,32%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.