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09/Feb/2024

Safra 2023/2024: chuvas insuficientes para grãos

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as chuvas mais regulares registradas em janeiro, acima de 50 milímetros no País, contribuíram para o aumento da umidade do solo, mas não foram suficientes para a recuperação do potencial produtivo da safra 2023/2024. Nas Regiões Sul, Sudeste e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a melhoria das chuvas contribuíram para a umidade do solo. Na Região Centro-Oeste, as chuvas elevaram a umidade do solo, sobretudo em Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, o que favoreceu o desenvolvimento dos plantios mais atrasados, mas ainda não foi possível a recuperação do potencial produtivo das lavouras.

Na Região Sudeste, o maior volume de chuvas, acima de 200 milímetros no último mês, favoreceu a maioria das lavouras, com exceção das lavouras de soja de São Paulo que não receberam chuvas suficientes. Na Região Sul, houve volumes reduzidos de chuvas no norte do Paraná e no Centro-Sul do Rio Grande do Sul, o que afetou a produção do Paraná e gera um alerta para o Rio Grande do Sul. As temperaturas oscilaram em todas as regiões do País com média superior a 26ºC no último mês. Para fevereiro, há previsão de redução de chuvas na Região Sul e em Mato Grosso do Sul. Nas regiões mais a sudeste e a nordeste, a previsão é de maior precipitação em fevereiro em relação a janeiro, o que é positivo para essas regiões.

Os principais ajustes realizados pela Conab neste mês na estimativa de safra de soja foram no Paraná (queda de 13,3% na produção entre as safras) e em São Paulo (queda de 10,2% ante 2022/2023) em virtude das altas temperaturas observadas desde a segunda quinzena de dezembro, além das perdas previstas na Região Centro-Oeste, mensuradas em 12,1% em relação ao colhido na temporada anterior. O Rio Grande do Sul deve recuperar produtividade em relação às safras anteriores pelos impactos climáticos nas outras safras, mas pelas grandezas de Mato Grosso e Paraná qualquer alteração nas lavouras afeta fortemente no total da produção. Depois de duas quebras de safras consecutivas, o Rio Grande do Sul mostra-se como exceção quanto aos prejuízos decorrentes dos impactos climáticos.

A confirmação de uma boa safra vai depender ainda das condições climáticas de fevereiro. A Conab prevê produção de 149,4 milhões de toneladas de soja na safra atual, 3,4% inferior à de 2022/2023. Em relação à 2ª safra de milho, ainda há predominância de cautela dos produtores quanto à área a ser semeada, em virtude das incertezas climáticas. No algodão, ainda há muito para acontecer, mas as lavouras mostram condições favoráveis. Será a maior produção da série histórica da Conab, com queda de produtividade e aumento de área. Para as culturas de inverno, a produtividade do trigo tende a ser normal, mesmo em ano de El Niño e da probabilidade de ocorrência do La Niña no segundo semestre. A área está sendo decidida neste momento. Há expectativa de aumento da área de trigo no Distrito Federal e de manutenção no restante do País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.