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09/Feb/2024

Clima: janeiro é recorde de temperatura para o mês

O ano de 2024 já começou batendo recorde histórico de calor. De acordo com o observatório climático europeu Copernicus, janeiro de 2024 teve a temperatura média global mais alta já registrada para o primeiro mês do ano, fechando em 13,14°C. O valor significa um aumento de 0,70ºC em relação à média de 1991-2020 para janeiro e de 0,12°C sobre o anterior janeiro mais quente, em 2020. Em São Paulo, o crescimento foi de 0,80ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na Europa, as temperaturas variaram em janeiro de 2024, desde muito abaixo da média de 1991-2020 nos países nórdicos até muito acima da média no sul do continente.

Fora da Europa, as temperaturas estiveram muito acima da média no leste do Canadá, no noroeste de África, no Médio Oriente e na Ásia Central, e abaixo da média no oeste do Canadá, no centro dos Estados Unidos e na maior parte da Sibéria Oriental. Os registros também mostram que o mundo ultrapassou o limite de aquecimento de 1,5°C durante 12 meses, acordado internacionalmente sobre o clima em 2015, no Acordo de Paris. No Brasil, o Inmet publicou, no dia 7 de janeiro, um boletim climático que cita “eventos extremos” relacionados a chuva em janeiro.

O mês foi marcado por episódios de chuva que causaram alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio. Em São Paulo, capital, a temperatura média ficou 0,80ºC acima da referência climatológica para o mês. No ano passado, a cidade, entre outras do País, já havia enfrentado diversas ondas de calor extremo, com termômetros marcando 40ºC. O El Niño começou a enfraquecer no Pacífico Equatorial, mas as temperaturas do ar marítimo em geral mantiveram-se a um nível incomumente elevado. A média global da superfície do mar também bateu recorde para janeiro.

A temperatura dos mares atingiu média de 20,97°C, 0,26°C mais quente do que o anterior janeiro mais quente, em 2016, e o segundo valor mais elevado para qualquer mês no conjunto de dados, a 0,01°C do recorde de agosto de 2023 (20,98°C). Cientistas internacionais do clima atribuem a culpa a uma combinação entre o aquecimento global provocado pelo homem, devido à queima de combustíveis fósseis, e um aquecimento natural, mas temporário, provocado pelo El Niño em partes do Pacífico. Os gases com efeito de estufa, liberados pelo homem, têm um papel muito mais importante do que o aquecimento da natureza.

Segundo a Universidade A&M do Texas, nos Estados Unidos, esta é a altura do ano em que o aquecimento provocado pelo El Niño atinge frequentemente o seu pico. A climatologista do Estado da Carolina do Norte, também nos Estados Unidos. Trata-se de muito mais do que números, classificações e registos, traduzem-se em impactos reais nas explorações agrícolas, famílias e comunidades devido a um calor sem precedentes, à alteração das estações de crescimento e à subida do nível do mar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.