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08/Feb/2024

Varejo: queda nas vendas indica uma desaceleração

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista caíram 1,3% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com dezembro de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1,3% em dezembro. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,7% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. No acumulado em 12 meses, houve alta de 1,7%, ante avanço de 1,6% até novembro. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, de veículos e de atacado alimentício, as vendas caíram 1,1% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal.

Na comparação com dezembro de 2022, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram estabilidade em dezembro. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam avanço de 2,4% no ano. No acumulado em 12 meses, houve alta de 2,4%, ante avanço de 2,3% até novembro. Seis das oito atividades que integram o comércio varejista registraram perdas nas vendas em dezembro ante novembro. Os Combustíveis e lubrificantes avançaram 1,5%, enquanto os Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo subiram 0,8%. Houve recuo de 3,5% de Tecidos, vestuário e calçados e queda de 7% de Móveis e eletrodomésticos.

Os Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registraram recuo de 0,5% em dezembro. Livros, jornais, revistas e papelaria caíram 2,3%. Nos Equipamentos e material para escritório informática e comunicação houve recuo de 13,1%, e em Outros artigos de uso pessoal e doméstico houve queda de 3,8%. No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de material de construção, de veículos e de atacado alimentício, o segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou recuo de 4,5%, enquanto Material de construção subiu 0,4%.

Com a reformulação periódica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), o desempenho do varejo ampliado com ajuste sazonal inclui os dados do atacado alimentício, nova atividade investigada. No entanto, ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal. O IBGE explica que é necessário ter uma série histórica mais longa para ter uma base de dados consistente para as divulgações ajustadas sazonalmente. O comércio varejista brasileiro manteve em 2023 a tendência de crescimento, pelo sétimo ano consecutivo. Em 2023, as vendas no varejo cresceram 1,7%, sétimo avanço anual seguido.

O resultado também representou o melhor desempenho desde 2019, quando houve elevação de 1,8%. A série do acumulado do ano tem quase sempre um fechamento positivo, inclusive nos anos de pandemia. Já o varejo ampliado teve expansão de 2,4% nas vendas em 2023, melhor desempenho desde 2021, quando havia crescido 4,5%. Em 2022, o volume vendido pelo varejo ampliado tinha recuado 0,6%. O varejo ampliado tem trajetória um pouco indefinida, alternando anos de ganhos com anos de perdas. Segundo a Genial Investimentos, a queda do volume de vendas no varejo em dezembro confirma o processo de desaceleração da economia doméstica no segundo semestre de 2023. Com os resultados de dezembro, a média móvel trimestral do setor indicou recuo de 0,6%.

É um contraste em relação a períodos anteriores, quando essa média móvel rodou no positivo. Indica fraqueza do setor nos últimos três meses do ano. Além de seguir a desaceleração em curso da atividade econômica como um todo, o resultado negativo do comércio em dezembro refletiu as condições de crédito ainda apertadas no País e o efeito sazonal da antecipação de algumas compras para o período da Black Friday, em novembro. Também é importante pontuar o processo de mudança de consumo das famílias, no sentido de optar mais por serviços do que por bens. Houve uma maior digitalização também, o que faz com que as pessoas comprem menos alguns itens, como livros, por exemplo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.