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07/Feb/2024

Dólar recua com o apetite global por ativos de risco

O dólar fechou esta terça-feira (06/02) em baixa ante o Real, se distanciando um pouco dos R$ 5,00, em sintonia com o exterior, numa sessão marcada pela busca global por ativos de risco depois dos avanços mais recentes da divisa dos Estados Unidos, puxados por dados e declarações de autoridades indicando que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve começar a cortar juros apenas mais à frente. O dólar fechou a R$ 4,96, em baixa de 0,38%. Em fevereiro, a moeda acumula ganho de 0,50%. O dólar oscilou em baixa durante praticamente toda a sessão, influenciado principalmente pelo recuo dos rendimentos dos Treasuries, que também pesava sobre as cotações da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior. Na máxima do dia, o dólar marcou R$ 4,98 (estável) e, na mínima, atingiu R$ 4,95 (-0,61%).

O dia foi de ajustes, com os investidores em busca de ativos de maior risco, após o pessimismo recente. Segundo a Nexgen Capital, nos últimos dias, com a decisão de política monetária do Fed na semana passada, o dólar acabou se valorizando, com um sentimento pessimista nos mercados. O presidente do Fed, Jerome Powell, fez colocações no sentido de que o mercado não deveria ficar tão animado com cortes de juros no primeiro semestre, o que acabou jogando um “balde de água fria” nos investidores”. Nesta terça-feira (06/02), o ambiente era de otimismo, com os investidores em busca de ativos de maior risco, como o Real. Além de ajustes em relação aos movimentos mais recentes, as cotações refletiam declarações da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester. Para ela, se a economia dos Estados Unidos tiver o desempenho esperado, isso poderá abrir a porta a cortes na taxa básica de juros.

Por outro lado, Mester afirmou que ainda não está pronta para oferecer qualquer cronograma para uma política monetária menos restritiva. Neste ambiente, o dólar se distanciou um pouco dos R$ 5,00, cotação atingida durante a sessão de segunda-feira (05/02), no auge do pessimismo trazido pelas declarações de Powell. Para a Way Investimentos, nos últimos dias houve um estresse que tomou conta dos mercados no Brasil, pois R$ 5,00 neste momento parece um exagero; trabalhar em torno de R$ 4,85 e R$ 4,90 faz mais sentido. O mercado deu uma exagerada em janeiro e nos primeiros dias de fevereiro, mas se reposicionou nesta terça-feira (05/02). Bolsa e dólar estão recompondo um pouco do excesso de pessimismo do início do ano. O dólar também seguia em baixa ante as divisas fortes e em relação à maioria das moedas de exportadores de commodities e emergentes.

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,26%, a 104,190. A influência do exterior acabou deixando em segundo plano a divulgação, no Brasil, da ata do último encontro de política monetária do Banco Central. No documento, o Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou que o cenário doméstico tem evoluído como o esperado, com um progresso desinflacionário relevante, mas que a incerteza internacional prescreve cautela à política monetária. O Banco Central frisou que ainda há um longo caminho a percorrer no retorno da inflação à meta. O Copom também reiterou que a desancoragem das expectativas de inflação são um fator de preocupação, que requer atuação firme da autoridade monetária. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de abril. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.