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06/Feb/2024

Dólar fecha em alta pela segunda sessão seguida

O dólar teve mais um dia de alta ante o Real nesta segunda-feira (05/02), chegando a superar os R$ 5,00 durante a sessão, após uma entrevista do chair do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Jerome Powell, e dados econômicos norte-americanos elevarem as apostas de que o corte de juros nos Estados Unidos não começará em março. O dólar fechou a R$ 4,98, em alta de 0,32%. Em fevereiro, a moeda acumula ganho de 0,88%. O primeiro estímulo à alta global do dólar surgiu no domingo (04/02), quando Powell defendeu “prudência” no início do processo de corte de juros pelo Fed. Em reação, os rendimentos dos títulos norte-americanos registraram ganhos fortes, com os investidores elevando as apostas de que o corte de juros pelo Fed começará em maio, e não em março. No mercado de câmbio, isso se traduziu na alta do dólar ante outras divisas.

O impulso ao dólar no mercado global foi intensificado pela divulgação do PMI de serviços do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM), que aumentou de 50,5 em dezembro para 53,4 em janeiro. Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia. Economistas projetavam que o índice subiria para 52,0. Novamente, os dados reforçaram a visão de que o corte de juros nos Estados Unidos não será imediato, o que deu força aos yields dos Treasuries e, em paralelo, ao dólar ante as demais divisas. Para a Correparti Corretora, a alta do dólar nesta segunda-feira (05/02) tem muito da fala de Powell no domingo (04/02), dizendo que acha improvável um corte de juros em março, ratificando o que já havia falado na superquarta. Na semana passada, na decisão de política monetária do Fed, o chair da instituição disse que uma redução de taxas em março não é o cenário-base.

O ISM de serviços veio forte também, mostrando que a economia norte-americana ainda está forte. Então, o Fed tem que tentar conter esta inflação com juros. Neste cenário, o dólar oscilou entre a cotação mínima de R$ 4,96 (+0,05%) no início da sessão, e a máxima de R$ 5,01 (+1,07%), após os dados do ISM. Com a moeda acima dos R$ 5,00, agentes entraram no mercado para aproveitar as cotações e vender moeda, tanto no segmento à vista quanto no futuro (mais líquido), o que reconduziu as cotações a níveis mais baixos. O movimento no câmbio esteve em sintonia com a perda de força das taxas futuras de juros durante a tarde no Brasil. No exterior, o dólar seguia em alta ante as demais moedas fortes e avançava ante praticamente todas as divisas de emergentes e exportadores de commodities. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,44%, a 104,500. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de abril. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.