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06/Feb/2024

Agronegócio ganha espaço no mercado de capitais

Os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) já começam o ano sob a perspectiva de ganhar uma regulação própria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que deve aproximar ainda mais o mercado de capitais do agronegócio e gerar oportunidades para quem está no segmento. Segundo a Kijani Investimentos, a “Faria Lima” acredita que o agro representa entre 5% e 10% do mercado de capitais, mas o agronegócio representa de 25% a 30% do PIB (Produto Interno Bruto). Claramente essa assimetria tem que diminuir, e vai diminuir com melhorias legislativas, regulatórias e amadurecimento do produto. Os legisladores e a CVM têm feito um bom trabalho desde a criação dos Fiagros, inicialmente com uma regra "à imagem e semelhança" dos fundos imobiliários.

Essa abordagem foi extremamente válida e bem-sucedida. Mas, dois anos depois, esse produto já está se aproximando da casa de R$ 20 bilhões (de patrimônio líquido) e com centenas de milhares de investidores pessoas físicas. Foi um primeiro passo e virão vários outros para efetivamente atingir toda a potencialidade que a cadeia agro tem. Assim, olhando para frente, em dois ou cinco anos, as pessoas não vão mais falar que "querem" investir no agronegócio, mas que "precisam", uma vez que o setor representa entre um quarto e dois terços da economia do País. Neste ano, o El Niño e seus efeitos para a safra brasileira têm sido um foco principal de preocupação.

O Estado mais relevante para a produção agrícola nacional é Mato Grosso, que está passando por um momento de seca que não via há muitos anos. Mas, quem trabalha com agronegócio já sabe que se trata de uma "indústria a céu aberto", com picos e vales, havendo ciclos de bonança e outros mais difíceis, como agora. Para lidar com essa volatilidade, a Kijani montou seu Fiagro de olho em uma pulverização tanto setorial quanto regional, e que busca entregar para os investidores um spread de 3% a 3,5% sobre o CDI. Entre os destaques no processo de gestão, é indispensável estar fisicamente próximo aos negócios e utilizar filtros ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança) nas tomadas de decisão, no papel e na prática. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.