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05/Feb/2024

BNDES: recursos à linha dolarizada de capital de giro

A linha dolarizada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para capital de giro para indústrias, cooperativas e revendas refinanciarem o custeio dos produtores deve contar com aporte inicial de até US$ 1,5 bilhão. Os recursos poderão também ser acessados pelos próprios agricultores para custeio agropecuário. Há expectativa sobre a ampliação de medidas para o fortalecimento do apoio ao setor agropecuário. Os recursos são captados pelo BNDES no exterior e repassados aos produtores e beneficiários finais via instituições financeiras credenciadas ao banco de fomento.

Os financiamentos terão juros de 8,5% ao ano (taxa SOFR em média de 5% - taxa de juros que os bancos utilizam na concessão de empréstimos em dólar, spread bancário de 2,5% do banco repassador e custo de 1% do BNDES) acrescidos de variação cambial e prazo de pagamento de três anos a cinco anos. A concessão ou não de carência será alinhada entre a equipe do BNDES e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A ideia é a de que, com os recursos, revendas, indústrias e cooperativas possam reestruturar as dívidas dos produtores e que os próprios agricultores ganhem fôlego com capital de giro ou para cumprimento de financiamentos em vencimento ou para custear a safra.

A linha vem sendo estudada pelo Ministério da Agricultura e pelo BNDES nas últimas semanas, entre as medidas de socorro que o governo prepara para tentar minimizar os efeitos econômicos e de inadimplência que podem surgir em meio à quebra da safra de grãos e menor rentabilidade dos produtores rurais. Para os produtores que não possuem perfil exportador, o governo estuda junto ao BNDES a criação de outra modalidade de crédito em Reais.

Há a expectativa de que o BNDES anuncie também um novo aporte de R$ 4 bilhões para a linha dolarizada de investimento agropecuário, o BNDES Crédito Rural, com custo fixo em dólares norte-americanos (TFBD). Por essa modalidade, os produtores podem financiar compra de máquinas, equipamentos agrícolas e armazéns, além de crédito direto para cooperativas, com juros de 7,59% ao ano, acrescidos de variação cambial. Os prazos dos financiamentos vão de 24 a 120 meses, com carência de até 24 meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.