02/Feb/2024

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Agricultura foi a única atividade com redução na média de empregados em 2023 ante 2022. Na média do ano, o grupo que reúne as atividades de agricultura, pecuária, pesca e aquicultura perdeu 361 mil empregados em 2023. Isso tem a ver com o aumento da automação no campo, mas, também com o encolhimento da agricultura familiar que, proporcionalmente, tem um bom número de pessoas ocupadas. Essa perda de ocupação da agricultura é efeito da questão da mecanização, mas também dos impactos climáticos, que acabam recaindo nas pequenas agriculturas.

A redução do emprego no campo vem a despeito dos bons números do setor, com recordes consecutivos de produção que, inclusive, chegaram a puxar o PIB do Brasil para cima. Não necessariamente haverá correspondência entre o resultado produtivo e o número de empregos. A agricultura e pecuária podem estar indo bem, mas o mercado de trabalho associado não caminhar na mesma direção. O grupo de atividades que mais gerou empregos na média de 2023 na comparação com 2022 foi “Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias e Administrativas”, com mais 1,12 milhão de empregos.

Em seguida aparece a atividade de “Administração Pública, Defesa, Seguridade, Educação e Saúde”, com mais 765 mil vagas na média anual. Essas são atividades notadamente marcadas pelo serviço público. A Indústria apresentou bom número de empregos gerados na média de 2023: mais 577 mil empregos. O Comércio, setor que mais emprega no Brasil, com 19,1 milhões de trabalhadores ao fim de dezembro, empregou mais 373 mil pessoas. A Construção Civil empregou, na média, 178 mil empregos a mais do que em 2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.